A aprovação do requerimento de urgência para o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 314/2025, que revoga o decreto do governo Lula sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), marcou uma derrota significativa para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Com 346 votos favoráveis contra 97, o resultado escancarou o crescente isolamento político do ministro e a impaciência do Congresso com a política fiscal do governo.
A proposta de Haddad para ampliar a arrecadação, utilizando o IOF como ferramenta regulatória, provocou reações contrárias não só da oposição e do agronegócio, mas também de aliados. Apesar das tentativas do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), de ganhar tempo para negociações, o Legislativo deixou claro que não compactua com a estratégia fiscal do ministro.
“O brasileiro não aguenta mais pagar o preço da incompetência de um governo que só sabe gastar e quer empurrar a conta para quem trabalha e produz. Aprovamos a urgência, agora é derrubar de vez esse aumento de imposto. Chega!”, afirmou o deputado Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição.
A ausência de Haddad durante a votação na Câmara, em meio ao início de suas férias, foi interpretada como um gesto de distanciamento que agravou as críticas. Para muitos parlamentares, o episódio reflete uma crise mais ampla na condução da política econômica, acumulando desgastes desde o início do governo Lula 3.
Com o PDL previsto para votação nas próximas semanas, o resultado poderá não apenas selar o destino do aumento do IOF, mas também impactar o futuro político de Fernando Haddad como principal articulador econômico do governo. Enquanto isso, a oposição promete intensificar os ataques e reforçar a pressão para que o governo reveja sua estratégia fiscal e de diálogo com o Congresso.
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*Com informações Gazeta do Povo