Na mais recente reunião do diretório estadual do PSDB, realizada na última terça-feira (17) em Campo Grande, o ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, indicou uma possível formação de grupo político para as eleições de 2026. A articulação envolveria seis nomes, entre deputados federais e estaduais de diferentes partidos, mas Azambuja nega que qualquer apoio já tenha sido oficializado.
Entre os prováveis candidatos estão os deputados federais Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende (todos do PSDB), a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), o bolsonarista Rodolfo Nogueira (PL) e a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil). Mesmo em siglas distintas, os seis têm participado de eventos públicos em conjunto, demonstrando união em torno do projeto político liderado por Azambuja.
A formação desse grupo também envolve movimentações entre legendas. Há expectativas de que Pereira, Nogueira e Resende se filiem ao Republicanos, partido que deve firmar federação com o MDB. Mara Caseiro é cotada para ingressar no PL, partido alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto Rose Modesto segue na superfederação União Progressista (União Brasil e PP).
A entrada de Mara no PL é vista como uma manobra estratégica para limitar as chances de reeleição do deputado federal Marcos Pollon, também do partido. Com uma votação robusta esperada para Mara, Pollon poderia buscar outra legenda para continuar na disputa.
Questionado sobre as alianças, Azambuja negou que os nomes dos candidatos a serem apoiados estejam definidos. Segundo ele, a prioridade é fortalecer a coligação majoritária liderada pelo governador Eduardo Riedel.
“Apoiaremos todos aqueles que estiverem alinhados com os partidos da nossa coligação. Nosso foco é construir uma base que reforce tanto as candidaturas proporcionais quanto as majoritárias,” afirmou o ex-governador.
Enquanto as articulações locais tomam forma, o Senado Federal está prestes a votar um projeto que pode impactar diretamente a representação de Mato Grosso do Sul. O Projeto de Lei Complementar nº 77/2023 prevê a criação de 18 novas vagas de deputados federais, redistribuídas com base no último Censo do IBGE. Estados como Amazonas, Goiás e Mato Grosso estão entre os beneficiados, o que pode alterar a dinâmica eleitoral no país.
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*Com informações Correio do Estado