A jornalista Glória Maria morreu nesta quinta-feira, 2, na cidade do Rio de Janeiro, aos 73 anos. A informação foi confirmada pelo grupo Globo. Glória estava internada no hospital Copa Star, em Copacabana, desde o dia 4 de janeiro, para dar prosseguimento a um tratamento de saúde.
Segundo nota da TV Globo, Glória foi diagnosticada com um câncer de pulmão em 2019 e o tratamento com imunoterapia teve sucesso. Depois, ela sofreu metástase no cérebro e foi tratada com êxito por meio de cirurgia.
"Em meados do ano passado, Glória Maria começou uma nova fase do tratamento para combater novas metástases cerebrais que, infelizmente, deixou de fazer efeito nos últimos dias”.
Em dezembro do ano passado, Glória foi afastada da apresentação do Globo Repórter para cuidar da saúde. Durante uma entrevista ao programa Roda Viva, no ano passado, Glória disse que estava tratando de um tumor cerebral.
Carreira
Filha de um alfaiate e de uma dona de casa, a jornalista formou-se na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). Ela começou a trabalhar na Globo em 1970, como radioescuta, ouvindo a frequência da polícia para descobrir pautas.
No ano seguinte, estreou como repórter. Passou por quase todos os programas jornalísticos da Globo, como o Jornal Hoje, no RJTV, Bom Dia Rio, Jornal Nacional, Globo Repórter e Fantástico, o qual apresentou entre 1998 e 2007.
Como jornalista viajou para mais de cem países em todos os continentes e entrevistou chefes de Estado e artistas, incluindo-se na lista o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter e os cantores Michael Jackson e Madonna e os atores Harrison Ford, Nicole Kidman e Leonardo Di Caprio.
Entre as grandes coberturas para as quais foi escalada estão a guerra das Malvinas (1982), a invasão da embaixada brasileira do Peru por um grupo terrorista (1996), os Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e a Copa do Mundo na França (1998).
Depois de 10 anos no Fantástico, Glória Maria tirou dois anos de licença para se dedicar a projetos pessoais. Nesse período, viajou para a Índia e a Nigéria, onde trabalhou como voluntária.
Foi nessa época que adotou as meninas Maria e Laura e, ao retornar à Globo, em 2010, pediu para integrar a equipe do Globo Repórter, programa no qual permaneceu até a licença médica, em dezembro.
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