O governo federal avança com uma estratégia que promete mexer diretamente no bolso do brasileiro: o aumento da mistura de etanol na gasolina para 30%. A proposta, que será discutida na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), nesta quarta-feira (25), surge como resposta às oscilações do mercado internacional de petróleo, agravadas pela tensão no Oriente Médio.
A medida tem como objetivo blindar o Brasil das variações externas, especialmente diante do aumento do preço do barril e da instabilidade causada pela ameaça de fechamento do Estreito de Ormuz, por onde passam 20% do petróleo mundial. Segundo cálculos do governo, a maior presença de etanol tornará o país autossuficiente em gasolina e ajudará a conter a inflação.
O temor de impacto inflacionário também se estende à conta de luz. Após o Congresso incluir medidas polêmicas na Lei das Eólicas Offshore, que encareceram a energia ao impor contratações de fontes ultrapassadas, o governo trabalha para mitigar o prejuízo.
Uma Medida Provisória em análise na Casa Civil tenta limitar os custos adicionados pelo Legislativo, reduzindo o impacto anual estimado de R$ 35 bilhões para R$ 11 bilhões. Apesar de vetos parciais do presidente Lula, o Planalto ainda enfrenta pressão para ajustar os efeitos inflacionários, equilibrando o aumento nos custos de energia com uma possível queda no preço dos combustíveis.
Com a pressão econômica e política em alta, as decisões tomadas nesta semana serão cruciais para determinar se o governo conseguirá aliviar a tensão no bolso dos brasileiros sem sacrificar a estabilidade fiscal.
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*Com informações Metrópoles