A derrubada do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo Congresso transformou-se no epicentro de uma crise entre os Poderes, com o Partido dos Trabalhadores (PT) acusando os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), de articularem uma ofensiva deliberada para sufocar o governo e dificultar a reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva.
Nos bastidores, o PT considera que a decisão foi um ataque frontal à autonomia do Executivo e uma tentativa de chantagear o Planalto. Segundo líderes petistas, a derrubada do decreto que reajustava o IOF, sem aviso prévio ou justificativa clara, reflete uma estratégia para desestabilizar o governo, afetando programas importantes e pressionando pela troca de cargos estratégicos, como o Ministério de Minas e Energia.
A insatisfação do Planalto é evidente. Lula, irritado com a ofensiva, não vê espaço para diálogo enquanto o Congresso não restabelecer o equilíbrio de forças. A aliança entre Motta e Alcolumbre é considerada sem precedentes, e os articuladores do governo já sinalizam que não haverá recuo. Para o PT, ceder nesse momento significaria abrir espaço para que o Legislativo passe a governar, algo que consideram inaceitável.
Do outro lado, líderes do Congresso avaliam que o gesto de Motta foi precipitado e que a relação com o Planalto está no pior momento desde o início do terceiro mandato de Lula. A lembrança de derrotas anteriores, como a judicialização de emendas parlamentares pelo STF, alimenta o receio de uma nova guerra entre os Poderes.
Enquanto isso, o PT planeja uma contraofensiva. Campanhas para aumentar a tributação sobre os mais ricos, apostas esportivas e encargos atribuídos ao Centrão estão na pauta para reforçar o apoio popular ao governo. Nos próximos dias, o embate promete ganhar as redes e os corredores do Congresso, marcando uma escalada de tensões que pode redefinir o equilíbrio entre Executivo e Legislativo.
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*Com informações Metrópoles