O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu escancarar sua nova postura de enfrentamento político em 2025. Sob comando do deputado federal Jilmar Tatto (SP), secretário nacional de comunicação do partido, a legenda assumiu publicamente que perdeu sua base tradicional e agora busca reconquistá-la com uma comunicação mais agressiva, tanto nas redes quanto nas ruas.
“Estávamos perdendo nossa base social. A classe média foi capturada pela extrema direita e precisamos trazê-la de volta”, admitiu Tatto. Segundo ele, até mesmo parte do eleitorado que garantiu a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022 sentia um certo "abandono afetivo", provocado pela ausência do presidente em agendas populares e suas constantes viagens internacionais.
O evento realizado na Favela do Moinho, em São Paulo, foi apontado por Tatto como um divisor de águas. “Virou a chave. Foi o reencontro de Lula com o povo”, afirmou o dirigente.
Com o embate recente entre o Executivo e o Congresso, motivado pela derrubada do decreto do IOF, o PT viu oportunidade para reforçar sua narrativa de confronto entre ricos e pobres. A campanha nas redes intensificou essa retórica, buscando reacender o engajamento de sua militância com pautas populares e ataques diretos aos adversários.
“Eles não vão ter paz. Vão ser vaiados no aeroporto”, disparou Tatto, indicando que o PT deve adotar uma estratégia mais combativa nos próximos meses, mesmo que isso cause desconforto com setores do centrão. Para o parlamentar, o momento exige posicionamento firme: “Viramos a página para retomar a coesão da nossa base. O Lula deu o mote.”
A sinalização clara é que o PT já opera em clima de pré-campanha e não pretende suavizar o discurso. O foco agora é reconectar o partido com sua base histórica — ainda que isso custe embates mais duros com aliados e adversários no Congresso Nacional.
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*Com informações CNN