Quarta, 02 de Julho de 2025

PT entra em “modo eleição” e promete confronto direto: “Eles não vão ter paz”, diz Jilmar Tatto

Partido reconhece perda de base social e parte para ofensiva nas redes e nas ruas com discurso mais radical para reconquistar classe média

02/07/2025 às 15h33 Atualizada em 02/07/2025 às 17h10
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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O Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu escancarar sua nova postura de enfrentamento político em 2025. Sob comando do deputado federal Jilmar Tatto (SP), secretário nacional de comunicação do partido, a legenda assumiu publicamente que perdeu sua base tradicional e agora busca reconquistá-la com uma comunicação mais agressiva, tanto nas redes quanto nas ruas.

Estávamos perdendo nossa base social. A classe média foi capturada pela extrema direita e precisamos trazê-la de volta”, admitiu Tatto. Segundo ele, até mesmo parte do eleitorado que garantiu a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022 sentia um certo "abandono afetivo", provocado pela ausência do presidente em agendas populares e suas constantes viagens internacionais.

O evento realizado na Favela do Moinho, em São Paulo, foi apontado por Tatto como um divisor de águas. “Virou a chave. Foi o reencontro de Lula com o povo”, afirmou o dirigente.

Com o embate recente entre o Executivo e o Congresso, motivado pela derrubada do decreto do IOF, o PT viu oportunidade para reforçar sua narrativa de confronto entre ricos e pobres. A campanha nas redes intensificou essa retórica, buscando reacender o engajamento de sua militância com pautas populares e ataques diretos aos adversários.

Eles não vão ter paz. Vão ser vaiados no aeroporto”, disparou Tatto, indicando que o PT deve adotar uma estratégia mais combativa nos próximos meses, mesmo que isso cause desconforto com setores do centrão. Para o parlamentar, o momento exige posicionamento firme: “Viramos a página para retomar a coesão da nossa base. O Lula deu o mote.”

A sinalização clara é que o PT já opera em clima de pré-campanha e não pretende suavizar o discurso. O foco agora é reconectar o partido com sua base histórica — ainda que isso custe embates mais duros com aliados e adversários no Congresso Nacional.

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*Com informações CNN

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