Em mais um episódio alarmante de radicalização política, a Frente Povo Sem Medo, composta por movimentos de esquerda como o MTST e organizações ligadas ao PT e ao PSOL, protagonizou uma invasão à sede do banco Itaú BBA, localizada na Avenida Faria Lima, coração financeiro da capital paulista. O protesto, realizado nesta quinta-feira (3), escancarou o uso de táticas de intimidação para pressionar o Congresso Nacional a aprovar a reforma do Imposto de Renda proposta pelo governo federal.
Por volta das 9h30, dezenas de manifestantes invadiram o prédio segurando cartazes que exigiam a taxação dos super-ricos. A ocupação, que durou cerca de duas horas, terminou sem confrontos, mas com um forte recado político ao Legislativo: ou aprova-se o projeto de taxação dos mais ricos, ou novos atos do tipo podem se repetir.
A tentativa de justificar a ação como um movimento por “justiça tributária” revela, na prática, o desprezo da esquerda radical pelos caminhos institucionais e democráticos. Em vez de buscar diálogo e articulação política, optaram por um teatro midiático que expõe instituições privadas ao constrangimento público e à insegurança, ferindo o estado de direito.
A proposta de uma alíquota escalonada para quem recebe acima de R$ 50 mil mensais ainda aguarda análise no Congresso. A esquerda, porém, parece não disposta a aguardar a tramitação legal e democrática do projeto. Em vez disso, recorre a estratégias de coerção política que beiram o autoritarismo e ignoram os limites legais do protesto.
O banco Itaú optou por não se manifestar, mantendo postura institucional diante de um ataque político disfarçado de manifestação popular. O silêncio da instituição, no entanto, não pode ser confundido com normalidade — é sintomático do clima de tensão que atos como esse provocam no setor produtivo e na sociedade como um todo.
A democracia pressupõe liberdade de expressão, mas também respeito às instituições. Invadir sedes de empresas privadas para fazer pressão política é ultrapassar a fronteira da legalidade e abrir espaço para a barbárie.
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*Com informações Correio Braziliense