Após 90 dias de vigência, a Prefeitura de Campo Grande decidiu não prorrogar o decreto de emergência na saúde, que terminou na última sexta-feira (25). A medida foi instaurada no dia 26 de abril devido ao aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e ao déficit de leitos hospitalares, especialmente pediátricos, na rede pública.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a redução dos indicadores epidemiológicos justifica o encerramento do decreto. Em nota, a pasta afirmou que a decisão foi baseada no monitoramento contínuo da situação e que “todas as ações de prevenção, vigilância e assistência à população permanecem ativas”.
Durante o período de emergência, a Prefeitura liberou a vacina da gripe para todos os públicos, autorizou a transferência de crianças do Pronto Atendimento Infantil do Tiradentes para as UPAs Universitário e Coronel Antonino, e buscou alternativas para lidar com o colapso do sistema.
No auge da crise, Campo Grande chegou a ter 206 pessoas na fila por leito hospitalar e registrou 1.048 casos de SRAG em uma única semana, quase metade deles em crianças menores de quatro anos. A cidade enfrentou uma alta de 125% nos casos respiratórios em abril em comparação com fevereiro, segundo dados do Centro de Operações de Emergência (COE).
O cenário levou à reedição da emergência sanitária já adotada em 2024, quando também houve superlotação e falta de leitos pediátricos. Agora, com a melhora nos indicadores, o município considera que não há mais necessidade de manter a medida, embora o acompanhamento dos casos continue.
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*Com informaçoes Midiamax