Quinta, 31 de Julho de 2025

Terremoto de magnitude 8,8 atinge a Rússia e gera alerta global de tsunami

Abalo sísmico na península de Kamchatka provoca ondas gigantes no Pacífico e mobiliza evacuações em diversos países; Japão, EUA, Chile e México entre os mais afetados

30/07/2025 às 09h31
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Um terremoto de magnitude 8,8 sacudiu o extremo leste da Rússia na madrugada desta quarta-feira (30), desencadeando uma série de alertas de tsunami que colocaram em alerta dezenas de países banhados pelo Oceano Pacífico. O tremor — considerado o mais forte na região desde 1952 — teve epicentro a 119 km de Petropavlovsk-Kamchatsky, na península de Kamchatka, e causou destruição significativa em áreas remotas.

Ondas de tsunami foram registradas em portos russos, no Japão, no Havaí e em partes da costa dos Estados Unidos, incluindo a Califórnia. Barcos foram arrastados, fachadas desabaram e um jardim de infância foi parcialmente destruído. Apesar dos danos, não há relatos de mortes, mas diversas pessoas ficaram feridas e receberam atendimento médico.

De acordo com o Serviço Geológico dos EUA, o primeiro tremor foi raso, com profundidade de 19,3 km — fator que potencializa os efeitos destrutivos. Em seguida, dois novos terremotos foram registrados na mesma região, com magnitudes de 6,3 e 6,9, reforçando os riscos sísmicos. A região afetada faz parte do chamado Círculo de Fogo do Pacífico, área geologicamente instável com histórico de terremotos e erupções vulcânicas.

A Academia Russa de Ciências confirmou que este foi o terremoto mais intenso em mais de 70 anos na área. Segundo Danila Chebrov, diretor do Serviço Geofísico da Filial de Kamchatka, a intensidade dos tremores poderia ter sido ainda maior, mas características específicas do epicentro atenuaram os efeitos. “Não esperamos abalos mais fortes, mas réplicas secundárias continuam e a situação segue monitorada”, disse ele.

Mais de 1,9 milhão de pessoas foram evacuadas no Japão, onde autoridades preveem ondas de até 3 metros de altura. O Havaí chegou a emitir ordem de evacuação, posteriormente suspensa, e a Califórnia observou ondas de até 1,6 pé acima da maré normal. O Alasca, por sua vez, manteve o alerta de tsunami em vigor, com previsão de impactos ao longo de sua extensa costa.

Na América Latina, o terremoto provocou reações imediatas. México, Chile, Equador, Peru e Guatemala emitiram comunicados oficiais alertando para a possibilidade de ondas anormais atingirem suas costas. O México suspendeu o tráfego marítimo no Pacífico e recomendou que a população evite praias. No Equador, as Ilhas Galápagos estão em vigilância máxima, com acesso restrito a portos e praias.

A agência de gerenciamento de emergências do Chile estima que ondas de até 3 metros podem atingir o país e já iniciou evacuações preventivas em áreas costeiras.

O terremoto reacende o temor de desastres naturais no Pacífico, relembrando episódios históricos como o sismo de magnitude 9,5 que atingiu o Chile em 1960, o mais forte já registrado no mundo.

A situação permanece em monitoramento constante por agências internacionais e autoridades locais, que reforçam o pedido para que populações em áreas de risco se mantenham atentas às orientações oficiais.

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*Com informações Metrópoles

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