Quinta, 31 de Julho de 2025

EUA miram cúmplices de Moraes: “Togas não vão proteger violadores de direitos humanos”, dizem autoridades de Trump

Subsecretário de Trump e chefe da diplomacia americana alertam aliados de Moraes após sanções por censura e prisões políticas no Brasil

30/07/2025 às 15h40
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A repercussão internacional das sanções impostas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), continua ganhando força. Nesta quarta-feira (30), Darren Beattie, subsecretário de Diplomacia Pública do governo de Donald Trump, fez um alerta direto àqueles que considera cúmplices das ações de Moraes. “As sanções contra o juiz Moraes hoje deixam claro que o presidente Trump leva a sério o complexo de censura e perseguição no Brasil, do qual Moraes foi o principal arquiteto”, afirmou Beattie em publicação na rede X.

O subsecretário foi além ao deixar um aviso: “Aqueles que foram cúmplices das violações de direitos humanos de Moraes devem tomar nota”, sugerindo que outras figuras brasileiras — ainda não nomeadas — podem entrar na mira do governo americano, caso Trump volte ao poder.

A crítica foi reforçada por Marco Rubio, chefe da diplomacia norte-americana, que endossou as acusações contra Moraes. “Que este seja um aviso para aqueles que atropelam os direitos fundamentais de seus compatriotas — as togas judiciais não podem protegê-los”, afirmou. Segundo Rubio, Moraes cometeu “graves violações dos direitos humanos”, como prisões arbitrárias e censura de opositores.

Em nota oficial do Departamento de Estado, o governo dos EUA detalhou as motivações para aplicar a Lei Magnitsky Global, instrumento usado para punir indivíduos acusados de corrupção ou violações dos direitos humanos. “Moraes abusou de sua autoridade ao se envolver em um esforço direcionado e politicamente motivado, projetado para silenciar críticos políticos por meio da emissão de ordens secretas que obrigavam plataformas online, incluindo empresas de mídia social dos EUA, a banir as contas de indivíduos que postassem discursos protegidos”, diz o texto.

A medida sinaliza uma escalada internacional contra o que o governo americano classificou como ativismo judicial autoritário no Brasil. Ainda que os nomes de outros possíveis sancionados não tenham sido divulgados, o recado foi claro: aliados de Moraes também estão sob observação.

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*Com informações CNN

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