Quarta, 06 de Agosto de 2025

Moraes autoriza visitas de familiares a Bolsonaro durante prisão domiciliar

Ex-presidente segue proibido de usar celular e registrar vídeos; aliados políticos ainda aguardam autorização para visitas

06/08/2025 às 10h13
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira (6) que filhos, netos, netas e cunhadas possam visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília. A decisão permite que as visitas dos familiares ocorram sem necessidade de comunicação prévia, desde que sejam respeitadas todas as medidas restritivas impostas anteriormente pelo STF.

Entre as exigências mantidas estão a proibição do uso de celulares, direta ou indiretamente, e a vedação de registros por vídeo no local. As condições foram estabelecidas na última segunda-feira (4), quando o ministro determinou a prisão domiciliar do ex-presidente, após o suposto descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente.

O primeiro a visitar Bolsonaro foi o senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos aliados mais próximos. No entanto, para demais visitas de figuras políticas, Moraes exigiu que os pedidos sejam formalizados junto ao STF para análise individual.

A prisão domiciliar foi motivada pela divulgação de um vídeo gravado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, durante manifestações pró-Bolsonaro realizadas em diversas capitais do país. No vídeo, Bolsonaro aparece discursando por telefone aos apoiadores durante ato em Copacabana, no Rio de Janeiro, dizendo: “Obrigado a todos. É pela nossa liberdade. Pelo nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.

Na noite de segunda-feira, a Polícia Federal deu início à perícia do novo celular do ex-presidente, um Samsung Galaxy S24, apreendido quando ele chegava à sua residência no Jardim Botânico, em Brasília. A análise, conduzida pela Diretoria de Inteligência Policial (DIP), busca identificar se Bolsonaro teve envolvimento direto na publicação feita por Flávio Bolsonaro nas redes sociais. O conteúdo do dispositivo poderá sustentar eventuais acusações por tentativa de obstrução de investigações.

É o segundo aparelho celular apreendido de Bolsonaro. O primeiro foi confiscado em 18 de julho, quando o STF também determinou o uso de tornozeleira eletrônica e outras restrições.

Com o avanço das investigações, o ex-presidente segue monitorado e impedido de se comunicar por meios eletrônicos, enquanto cresce a pressão política em torno de seu caso e da atuação de seus aliados mais próximos.

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*Com informações Metrópoles

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