As principais aquisições da área de Defesa do Brasil, incluindo helicópteros para atuação na Amazônia e mísseis antiblindados Javelin, estão ameaçadas em meio à escalada das tensões diplomáticas entre o governo Lula (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O alinhamento crescente da gestão petista com potências como Rússia e China agrava a situação e pode comprometer ainda projetos estratégicos como a construção de submarinos em parceria com a França e a compra de caças com tecnologia sueca.
Analistas alertam que a aproximação ideológica com regimes antiocidentais está provocando um ambiente de desconfiança que pode prejudicar a aquisição de equipamentos militares essenciais para a segurança nacional. Segundo o doutor em Direito Internacional Luiz Augusto Módolo, essa mudança coloca em risco o fornecimento de materiais de defesa e abre espaço para o assédio de empresas chinesas e russas à indústria bélica brasileira.
A cúpula do Exército reconhece o cenário tenso e admite dificuldades na negociação dos equipamentos americanos, embora acredite que contratos com outros países ocidentais devem permanecer preservados. Entretanto, especialistas como Marcelo Almeida e a ex-deputada Silvia Waiãpi ressaltam que o sucateamento das Forças Armadas brasileiras, somado ao alinhamento ideológico do governo, pode comprometer gravemente a defesa do país.
Nesta quinta-feira (14), o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, será ouvido pela Comissão de Relações Exteriores do Senado para esclarecer os rumos da pasta e os impactos das tensões internacionais sobre os projetos estratégicos de defesa. A audiência, requerida pelo senador Hamilton Mourão, promete colocar em pauta a urgência de uma estratégia clara diante do cenário global turbulento e da instabilidade nas relações com potências ocidentais.
A situação reflete um momento crítico para a segurança nacional, em que decisões políticas têm efeitos diretos sobre a capacidade do Brasil de se defender e manter a soberania em um mundo cada vez mais dividido geopoliticamente.
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*Com informações Gazeta do Povo