
Nos bastidores do Supremo Tribunal Federal (STF), cresce a apreensão dos ministros com as sanções aplicadas pelo governo dos Estados Unidos, sob a Lei Magnitsky, que já atingiu diretamente Alexandre de Moraes e ameaça outras excelências da Corte. Reuniões discretas com banqueiros revelaram a dura realidade: os bancos brasileiros não podem desafiar a legislação americana sem sofrer severas consequências no sistema financeiro internacional, enterrando de vez a ilusão de que o Brasil estaria imune a essas medidas extraterritoriais.
Além das questões financeiras, o clima dentro do STF está cada vez mais tenso. Ministros como Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso teriam alertado Moraes para moderar sua atuação, especialmente no caso do processo envolvendo a chamada “trama golpista”. Relatos indicam que, apesar dos “toques”, Alexandre de Moraes mantém uma postura firme e declarou que não pretende recuar.
A inquietação cresce porque, enquanto alguns colegas transmitem mensagens indiretas e evitam confrontos diretos, temem tanto a pressão externa do governo Trump quanto a personalidade implacável do ministro. Recentemente, a prisão de Jair Bolsonaro gerou rumores sobre um possível isolamento de Moraes dentro do tribunal, mas essas versões foram prontamente desmentidas, refletindo um ambiente de cautela e receio de expor divisões internas.
A situação revela uma preocupante incapacidade do STF em conter um ministro que, dotado de poderes ampliados, avança sem freios em suas decisões, mesmo diante dos riscos políticos e jurídicos que envolvem o país. A combinação de sanções internacionais, tensões internas e o peso do protagonismo de Moraes expõe um tribunal fragilizado, dividido e sem controle sobre um dos seus membros mais controversos.
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*Com informações Metrópoles