Em meio à crise diplomática com os Estados Unidos, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) discutem nos bastidores uma estratégia de “recuo possível” para minimizar sanções norte-americanas, preservando, ao mesmo tempo, a condenação de Jair Bolsonaro e outros réus ligados ao golpe de Estado. A proposta consiste em não se opor a uma eventual anistia aprovada pelo Congresso Nacional, mesmo após a condenação dos acusados.
Segundo fontes próximas à Corte, a medida permitiria ao STF manter suas decisões sem se envolver em conflitos diretos com o Legislativo, evitando judicializações que questionem a constitucionalidade da anistia. Contudo, magistrados demonstram cautela, questionando se essa estratégia seria suficiente para conter a pressão dos EUA, já que Bolsonaro permaneceria condenado.
A análise da Corte não contempla, de forma alguma, tornar Bolsonaro elegível para as eleições de 2026, conforme desejam aliados internacionais, como Donald Trump. Paralelamente, a oposição pressiona o presidente da Câmara, Hugo Motta, a pautar dois projetos: o fim do foro privilegiado e a anistia para réus e condenados pelo 8 de Janeiro, temas que alimentam receios de retaliação entre parlamentares com processos no STF.
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*Com informações Metrópoles