O indiciamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, pela Polícia Federal nesta quarta-feira (20), revelou mais do que uma investigação criminal: expôs a escalada de tensão política entre figuras da direita brasileira e o Supremo Tribunal Federal (STF), em especial o ministro Alexandre de Moraes.
Eduardo reagiu nesta quinta-feira (21) às acusações, afirmando que sofre “censura” e que o Brasil vive sob uma “ditadura”. Em postagem na rede social X, o parlamentar denunciou que o STF pretende condená-lo sem direito à defesa, e questionou a legitimidade das investigações conduzidas contra ele e seu pai.
O caso ganhou contornos internacionais após o conselheiro de Donald Trump, Jason Miller, criticar Moraes publicamente e caracterizá-lo como uma “ameaça à democracia em todo o Hemisfério Ocidental”. A ação e as declarações repercutem no cenário global, sobretudo porque Eduardo reside nos Estados Unidos desde o início do ano, e é acusado de fazer lobby junto a autoridades norte-americanas para tentar anistiar Jair Bolsonaro no Brasil.
Segundo a Polícia Federal, pai e filho teriam cometido coação no curso do processo e tentado abalar o Estado Democrático de Direito, restringindo o exercício dos poderes constitucionais. O episódio intensifica o embate político entre setores do governo e da oposição, enquanto líderes internacionais observam atentamente a condução do Judiciário brasileiro.
Especialistas alertam que a situação pode afetar não apenas a imagem institucional do país, mas também a credibilidade de futuras eleições e da própria democracia brasileira. Para o deputado Eduardo Bolsonaro, o caso representa “uma perseguição política sistemática”, mas para analistas, evidencia a complexidade de manter o equilíbrio entre liberdade de expressão e responsabilidades legais em tempos de polarização extrema.
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*Com informações Metrópoles