O Conselho Tutelar Sul recebeu um prazo de 10 dias para apresentar um relatório detalhado sobre as ações tomadas em relação à família de Emanuelly Victória de Souza Moura, de 6 anos, assassinada após ser sequestrada e estuprada em Campo Grande. A decisão do Ministério Público tem o objetivo de investigar se houve falhas ou omissões que poderiam ter prevenido a morte da criança.
De acordo com a promotora de Justiça Fabrícia Barbosa Lima, o procedimento apura se o órgão cumpriu corretamente suas funções de proteção à criança. “Caso sejam identificadas irregularidades, os conselheiros podem ser advertidos, suspensos ou até afastados”, explicou. O processo é sigiloso e ainda está em fase de apuração.
A família de Emanuelly estava sob acompanhamento do Conselho desde 2020, após relatos de maus-tratos. No último atendimento registrado, em maio deste ano, a menina apresentava sinais de agressões físicas, incluindo um braço quebrado, e sofria de desnutrição. Apesar dessas evidências, o órgão responsável pelo acompanhamento não havia identificado indícios de violência sexual, apenas situação de vulnerabilidade social.
Emanuelly foi encontrada morta dentro de uma banheira, escondida sob uma cama na casa de Marcos Willian Teixeira Timóteo, de 20 anos, autor do crime, que morreu em confronto com a polícia. Marcos Willian tinha histórico de crimes graves desde a adolescência, incluindo estupro de um bebê e de sua própria enteada, cumprindo apenas medidas socioeducativas previstas pelo ECA.
O prazo de 10 dias dado pelo Ministério Público para o Conselho Tutelar Sul se manifestar é considerado crucial para esclarecer se o acompanhamento da família foi adequado ou se houve negligência que possa ter contribuído para o trágico desfecho.
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*Com informações Midiamax
