
O ex-presidente do Banco Central do Brasil (Bacen) e chefe do departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Ilan Goldfajn, foi eleito a presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), neste domingo (20), pelo conselho de governadores da instituição, após destituição do americano Maurício Claver-Carone.
Em outubro, Goldfajn foi indicado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que aproveitou as reuniões anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), nos Estados Unidos, para buscar apoio à candidatura brasileira.
Goldfajn recebeu 80,1% dos votos e derrotou quatro candidatos:
Nicolás Eyzaguirre Guzmán, ex-ministro da Economia do Chile;
Gerardo Esquivel Hernández, um dos diretores do Banco Central do México;
Gerard Johnson, ex-funcionário do BID e natural de Trindade e Tobago;
Cecilia Todesca Bocco, secretária de Relações Econômicas Internacionais da chancelaria argentina (desistiu e não recebeu votos).
É a primeira vez que um candidato brasileiro vai comandar o BID, fundado há 63 anos, que assume em 19 de dezembro. Atualmente, o banco está sob comando temporário da hondurenha Reina Irene Mejía, vice-presidente do organismo.
"Contamos com o presidente Goldfajn para liderar esta organização para ser um motor de mudança e progresso para nossos vizinhos na América Latina e no Caribe", disse a secretária dos EUA, Janet Yellen.
A sede do BID fica em Washington, é um dos principais investidores na América Latina e no Caribe, responsável por US$ 23,4 bilhões em compromissos financeiros em 2021 e centenas de projetos de infraestrutura, saúde e turismo.
Saída de Maurício Claver-Carone
Foi expulso em assembleia no dia 26 de setembro, sob a acusação de relações íntimas com uma funcionária e de retaliar funcionários que denunciaram o caso.