A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu um ataque frontal às acusações da Ação Penal nº 2.668 na manhã desta quarta-feira (3), na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Em sustentação oral contundente, os advogados afirmaram que Bolsonaro não teve qualquer envolvimento com a chamada “minuta do golpe” e que a delação do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal (PF) é uma “sucessão inacreditável de fatos” sem provas.
“Não há uma única prova que ligue o presidente ao Plano Punhal Verde e Amarelo, à Operação Luneta ou aos atos de 8 de janeiro”, afirmou Celso Vilardi, um dos defensores. Segundo ele, Bolsonaro foi “dragado aos fatos”, sendo injustamente incluído em acusações baseadas apenas em narrativas e documentos sem validade.
A defesa destacou que nem o delator nem o próprio Bolsonaro admitiram participação em qualquer operação ligada à suposta trama golpista. Vilardi reforçou que trazer uma possível pena de 30 anos, equivalente a crimes graves contra a vida, para o caso do 8 de janeiro é desproporcional e absurdo.
Além disso, os advogados criticaram a falta de tempo hábil para analisar todas as provas nos autos e enfatizaram que a acusação se sustenta apenas em especulações e depoimentos sem consistência. “Um assunto encerrado não pode gerar uma pena tão extrema. Isso não é justiça, é perseguição”, completou a defesa.
O julgamento desta quarta marca um momento decisivo no embate judicial, com a defesa de Bolsonaro buscando desmontar completamente a narrativa da acusação e reforçar a tese de inocência do ex-presidente frente à suposta tentativa de golpe de Estado.
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*Com informações Metrópoles