O ministro Luiz Fux, da Primeira Turma do STF, votou para absolver o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e cinco outros réus de todas as acusações da Procuradoria-Geral da República, incluindo organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Apenas Mauro Cid e Walter Braga Netto foram condenados.
O voto de Fux, divergente do relator Alexandre de Moraes e de Flávio Dino, foi considerado juridicamente preciso e detalhado pelos aliados do ex-presidente. Parlamentares do PL celebraram a decisão, afirmando que o magistrado reafirmou a inocência de Bolsonaro e desmontou as acusações que cercam os atos de 8 de janeiro.
“Não, ele não pode ajudar, ele é determinante. O ministro deixou claro a inexistência de crimes por parte de Bolsonaro”, afirmou o deputado Zucco (PL-RS). Nas redes sociais, líderes do partido, como Sóstenes Cavalcante e Valdemar Costa Neto, também elogiaram o voto de Fux, destacando imparcialidade e fidelidade à Constituição.
Por outro lado, parlamentares governistas criticaram a decisão. O deputado Lindbergh Farias (RJ) chamou a absolvição de inesperada, enquanto Erika Hilton (PSOL-SP) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) classificaram o voto como contraditório e político. O deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) afirmou que Fux se posicionou como uma “voz minoritária” no STF.
O líder do Governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que a decisão evidencia que o Brasil possui instituições livres e uma democracia funcionando plenamente, mas criticou apoiadores de Bolsonaro por distorcerem a atuação do Judiciário.
O julgamento ainda não foi concluído. A definição final sobre os demais réus e a dosimetria das penas será analisada em próximas sessões, mantendo o país atento ao desfecho de um dos processos mais emblemáticos da história recente do Supremo.
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*Com informações CNN
