A Operação Carbono Oculto, que desmantela a infiltração do PCC no setor de combustíveis e em fundos de investimento, trouxe à tona o nome de Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil. A Polícia Federal apura a suspeita de que o advogado seria proprietário oculto de jatos executivos registrados em nome de empresas e fundos ligados a investigados pelo esquema.
Os aviões em questão são operados pela Táxi Aéreo Piracicaba (TAP), empresa utilizada por dois dos principais alvos da operação: Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como “Beto Louco”, e Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, dono da refinaria Copape. Entre as aeronaves, está um Gulfstream G200 avaliado em quase R$ 100 milhões, além de modelos Cessna e Raytheon.
O rastro das transações leva à Bariloche Participações S.A., ligada a empresários do setor de mineração já investigados em outra operação por venda de sentenças no STJ. A empresa, junto de fundos como o Viena, da gestora Genial, aparece citada como “caixa-preta” por não apresentar documentação em auditorias, mecanismo comum para ocultação de patrimônio.
Deflagrada em agosto pelo Ministério Público de São Paulo em parceria com a Receita Federal e a PF, a Carbono Oculto expôs uma rede que movimentou mais de R$ 50 bilhões entre 2020 e 2024, com o PCC atuando em toda a cadeia de combustíveis, da importação à revenda.
Rueda, em resposta, rejeitou qualquer vínculo com a investigação. Ele classificou a menção ao seu nome como “absolutamente infundada” e disse que tomará medidas legais para preservar sua imagem.
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*Com informações Metrópoles