Terça, 23 de Setembro de 2025

EUA ameaçam revogar visto de comandante do Exército e acirram tensão com governo Lula

General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva é acusado de alinhamento com Alexandre de Moraes e pode entrar em lista de sanções

23/09/2025 às 08h49
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos pode ganhar contornos ainda mais graves. O governo de Donald Trump avalia revogar o visto de Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante do Exército Brasileiro, sob a alegação de que o militar teria sido indicado ao cargo por influência do ministro Alexandre de Moraes e atuaria em sintonia com ele em decisões do Supremo Tribunal Federal.

Segundo informações do Departamento de Estado norte-americano, reuniões entre Moraes e o general foram mapeadas, levantando a suspeita de que ordens contra militares investigados teriam sido tomadas após articulações diretas com o comando do Exército.

A medida integra um novo pacote de sanções que já atingiu sete autoridades brasileiras, incluindo membros da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. A ofensiva, considerada sem precedentes, promete estremecer ainda mais os canais de cooperação entre os governos de Lula e Trump, colocando em risco parcerias militares estratégicas.

Generais próximos a Tomás reagiram, afirmando que um ataque direto ao comandante seria um “tiro no pé” para os EUA, comprometendo pontes de diálogo essenciais. O próprio general preferiu não se manifestar.

O nome de Tomás também aparece em mensagens do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, em conversa com o advogado Eduardo Kuntz. No diálogo, Cid relatou que o comandante do Exército teria confidenciado ao pai, general Lourena Cid, que Moraes se queixava de Bolsonaro, revelando os bastidores da tensão entre o STF e o ex-presidente.

O movimento da Casa Branca deixa claro que, mesmo sem acreditar em mudanças de postura imediatas no governo Lula ou no Supremo, Trump pretende endurecer as punições contra aliados institucionais do Planalto, abrindo um novo capítulo no conflito diplomático.

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*Com informações Metrópoles

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