O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a elevar a temperatura no embate com aliados do bolsonarismo. Nesta segunda-feira (29), ele determinou que a notificação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) seja feita por edital — instrumento usado quando o alvo cria obstáculos para receber a intimação.
Na decisão, Moraes não poupou críticas: afirmou que Eduardo se mantém nos Estados Unidos justamente para reiterar “prática criminosa” e evitar “responsabilização judicial”. O ministro anexou publicações do próprio deputado, que teria confessado nas redes sociais estar fora do país para escapar da aplicação da lei.
Já o blogueiro Paulo Figueiredo, também denunciado, será notificado por carta rogatória. Ambos são acusados de tentar coagir o STF a abandonar os processos relacionados à tentativa de golpe de Estado no Brasil, usando “ameaças de violentas sanções” em articulações com autoridades americanas.
Com as notificações, abre-se prazo de 15 dias para que apresentem defesa. Se o plenário considerar haver indícios suficientes, Eduardo e Figueiredo passarão à condição de réus em processo criminal.
Em resposta, os dois divulgaram nota conjunta, classificando a acusação como “fajuta” e atacando Moraes e a PGR. “Esqueçam acordos obscuros ou intimidações, porque não funcionam conosco. O único caminho sustentável para o Brasil é uma anistia ampla, geral e irrestrita”, afirmaram.
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*Com informações CNN