Campo Grande deu um passo histórico no enfrentamento da vulnerabilidade social: nesta semana, começou a primeira fase de um censo inédito da população em situação de rua, coordenado pela Prefeitura, em parceria com a Defensoria Pública e a Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos. O objetivo é gerar informações concretas para que o Poder Público atue de forma mais precisa e eficiente.
O trabalho de campo mobilizou 32 equipes e 96 profissionais, distribuídos pelas sete regiões da cidade, realizando contagem e georreferenciamento das pessoas em situação de rua. A expectativa é que o levantamento sirva de base para políticas públicas que garantam dignidade, acolhimento e acesso a serviços essenciais.
“Esse levantamento é fundamental para orientar ações e construir políticas sociais mais integradas. Queremos que a população em situação de rua tenha qualidade de vida e oportunidades reais de saída das ruas”, afirmou Camilla Nascimento, secretária municipal de Assistência Social e Cidadania.
O censo se diferencia por usar informações de quem já atua nas ruas, como equipes do Consultório na Rua e da Assistência Social, e por cruzar dados de unidades de acolhimento, hospitais, UPAs, CAPS e terminais rodoviários, garantindo maior fidelidade e evitando duplicidade de registros.
Coordenada por uma comissão que envolve Prefeitura, Governo do Estado, Defensoria, Ministério Público, IBGE e sociedade civil, a iniciativa seguirá em etapas, incluindo questionários sociodemográficos, validação e cruzamento de dados, com previsão de conclusão até dezembro de 2025.
Para a Defensora Pública Thaisa Raquel Medeiros de Albuquerque, o censo é mais do que uma contagem: “O objetivo é prevenir que pessoas cheguem às ruas, ajudar quem já está e assegurar dignidade a todos. A integração entre instituições é essencial para políticas públicas efetivas”.
O gerente de Proteção Social, Thiago Ribeiro, reforça que o levantamento será a ferramenta mais precisa já feita na cidade, superando dados de sistemas tradicionais como o Cadastro Único e o Registro Mensal de Atendimento (RMA), permitindo uma fotografia fiel da população em situação de rua em Campo Grande.
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