Sexta, 12 de Dezembro de 2025
Publicidade

Fux pode reforçar ala bolsonarista no STF com mudança de Turma

Saída do ministro da Primeira Turma fortalece direita e altera o equilíbrio da Corte

22/10/2025 às 11h38
Por: Tatiana Lemes
Compartilhe:
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O ministro Luiz Fux solicitou ao presidente do STF, Edson Fachin, sua migração da Primeira para a Segunda Turma, criando o que especialistas chamam de possível “bunker bolsonarista” no tribunal. O pedido ocorre após a aposentadoria de Luís Roberto Barroso, deixando uma vaga que pode alterar significativamente a configuração das turmas.

Atualmente, a Segunda Turma é formada por Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Nunes Marques e André Mendonça — sendo que os dois últimos foram indicados por Jair Bolsonaro. Com Fux se aproximando de posições bolsonaristas, sua ida consolidaria uma maioria favorável à direita, enquanto a Primeira Turma ficaria sem nenhum ministro com inclinação ao bolsonarismo.

Na Primeira Turma, Fux atua ao lado de Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin, este último como presidente do colegiado. Com a saída de Fux, a turma poderá receber um indicado de Lula para ocupar a vaga de Barroso, reforçando o alinhamento do grupo com o governo petista.

Analistas políticos afirmam que a movimentação vai além de uma simples reorganização administrativa, pois pode impactar decisões importantes do STF, criando um contraste claro entre uma Segunda Turma de viés conservador e uma Primeira Turma mais próxima do governo.

A decisão final sobre a transferência de Fux ainda depende de Fachin, mas o pedido já acende alerta sobre a polarização crescente dentro da Corte.

Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais. 

*Com informações Metrópoles

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Quando a Justiça abandona os fatos: audiência de custódia transforma hipóteses em provas contra Bolsonaro
Política Há 3 semanas Em Brasil

Quando a Justiça abandona os fatos: audiência de custódia transforma hipóteses em provas contra Bolsonaro

A manutenção da prisão preventiva de Jair Bolsonaro expôs um movimento preocupante: a substituição de fatos por suposições como base para decisões judiciais. Mesmo após esclarecer tecnicamente a questão da tornozeleira e negar qualquer intenção de fuga, a audiência de custódia tratou cenários hipotéticos como verdades consolidadas. O resultado é uma medida extrema sustentada mais pelo ambiente político e midiático do que por elementos concretos.
A Cortina de Fumaça da Tornozeleira: o enredo oculto por trás da prisão de Bolsonaro
Política Há 3 semanas Em Brasil

A Cortina de Fumaça da Tornozeleira: o enredo oculto por trás da prisão de Bolsonaro

Enquanto manchetes repetem uma versão simplificada, os documentos, a cronologia e o silêncio sobre relações sensíveis revelam que a tornozeleira pode ter sido apenas o álibi conveniente para uma decisão já tomada.
O silêncio ensurdecedor sobre o Banco Master: por que ninguém pergunta sobre a ligação com a família de Alexandre de Moraes?
Política Há 3 semanas Em Brasil

O silêncio ensurdecedor sobre o Banco Master: por que ninguém pergunta sobre a ligação com a família de Alexandre de Moraes?

Enquanto o debate nacional se concentra na tornozeleira de Bolsonaro, relações profissionais sensíveis entre parentes do ministro do STF e um grande banqueiro seguem intocadas. É apenas coincidência — ou parte de uma cortina de fumaça muito conveniente?
 Crise BRB–Banco Master se agrava: liquidação, afastamentos e a missão de Temer expondo fragilidade política para Celina e Ibaneis.
BANCO MASTER Há 3 semanas Em Brasil

Crise BRB–Banco Master se agrava: liquidação, afastamentos e a missão de Temer expondo fragilidade política para Celina e Ibaneis.

Após a prisão do controlador do Banco Master e a liquidação da instituição pelo Banco Central, veio à tona que o ex-presidente Michel Temer foi contratado pelo banco para tentar negociar uma solução com o BC. O escândalo levou ao afastamento da cúpula do BRB, alimentou pedidos de CPI e pode ampliar o desgaste político para Celina Leão e Ibaneis Rocha no DF.