A promessa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva de acabar com a “vergonhosa fila do INSS” está longe de se concretizar. Desde que assumiu o terceiro mandato, em janeiro de 2023, o número de pedidos represados mais que dobrou, chegando a 2,3 milhões em agosto de 2025, segundo dados oficiais do Portal da Transparência do Ministério da Previdência Social.
Ao assumir, Lula declarou: “Estejam certos de que vamos acabar, mais uma vez, com a vergonhosa fila do INSS”. Naquele momento, 1,23 milhão de aposentadorias e pensões estavam represadas. Mais de dois anos depois, o número disparou, superando o recorde do governo Bolsonaro, que chegou a 2 milhões em 2020.
O crescimento acelerado da fila não se deve apenas à histórica greve dos funcionários do INSS, que durou 114 dias em 2024, mas também à incapacidade do governo de manter a agilidade nos processos. O tempo médio de concessão, que havia caído de 69 para 34 dias antes da paralisação, voltou a subir, atingindo 64 dias em março de 2025, e permanecia em 49 dias em agosto, insuficiente para reduzir o represamento.
Especialistas apontam que, mesmo sem greves, a gestão do governo não conseguiu implementar medidas efetivas para dar vazão aos requerimentos. O resultado é que milhares de brasileiros continuam aguardando meses por aposentadorias e pensões, enquanto a promessa presidencial de “justiça restabelecida” se mostra cada vez mais distante da realidade.
O cenário evidencia o descaso do governo com a população, expondo uma falha estrutural na gestão do INSS que prejudica diretamente aqueles que dependem dos benefícios para sobreviver.
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*Com informações Poder 360
