Sexta, 12 de Setembro de 2025

Militares do Exército prestam depoimento à PF sobre 8 de Janeiro nesta quarta-feira

Uma força-tarefa será feita para ouvir cerca de 80 militares

12/04/2023 às 07h19 Atualizada em 12/04/2023 às 12h48
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Exército foi acusado de tentar impedir a prisão de manifestantes
Exército foi acusado de tentar impedir a prisão de manifestantes

A Polícia Federal (PF) em Brasília fará uma força-tarefa nesta quarta-feira (12) para ouvir cerca de 80 militares do Exército sobre os atos de 8 de janeiro nos Três Poderes.

Os depoimentos serão realizados na Academia Nacional da PF e terão início no começo da manhã, mas deve durar todo o dia.

O local, que fica a 20 quilômetros da Esplanada dos Ministérios, foi escolhido por ser espaçoso, para que assim seja possível ouvir todos os militares do Exército e da Guarda Presidencial em único dia.

Normalmente, os depoimentos prestados para a Polícia Federal em Brasília ocorrem na sede da entidade, na região central da capital do país.

A PF também convocou diversos servidores, inclusive os que estariam de folga, para colher todos os depoimentos, e acelerar a finalização do inquérito.

Entres os militares que serão ouvidos, nesta quarta, estão o general Gustavo Dutra, que chefiava o Comando Militar do Planalto, e o coronel Jorge Fernandes da Hora, que comandava o Batalhão da Guarda Presidencial.

A unidade era responsável pela segurança do Palácio do Planalto, por isso, a Polícia Federal quer saber se esses militares colaboraram para que a sede do governo fosse invadida, como também se dificultou a retirada dos invasores do local.

CPI

No dia 16 de março, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal, o ex-comandante de Operações da Polícia Militar do DF, o coronel Jorge Eduardo Naime, afirmou que o Exército tentou impedir a prisão de manifestantes.

O coronel destacou ainda que teria sido feita uma barreira com militares do Exército para impedir a prisão de inocentes que estavam instalados no acampamento montado em frente ao quartel-general.

Em fevereiro, o ministro Alexandre de Moraes determinou que cabe ao Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento dos militares que estiveram envolvidos nos atos de 8 de janeiro, e que esse julgamento não caberia à Justiça Militar.

Em março, a Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu uma investigação contra militares das Forças Armadas por suposto envolvimento nas manifestações.

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