O Centro de Operações de Segurança Integrado (COSI), que desde abril de 2022 atua com o sistema de videomonitoramento nas escolas da Rede Estadual de Ensino, agora vai intensificar o trabalho de 255 escolas para 298 escolas urbanas do estado. Mais de 540 câmeras estão sendo instaladas em escolas urbanas que ainda não recebem o serviço.
A reunião foi principalmente para apresentar melhor esse sistema e tirar as dúvidas dos gestores sobre essa ferramenta, até mesmo ao nível de custo, com o Secretário de Estado de Educação, Hélio Daher e o Coordenador do Centro de Monitoramento, Vicente Lopes.
A reunião foi aberta pelo presidente da Assomasul e prefeito de Nioaque, Valdir Júnior, que elogiou a agilidade do serviço do Governo do Estado e das polícias Civis e Militares, que já percorreram e conversaram com a maioria dos diretores e coordenadores das escolas dos municípios de Mato Grosso do Sul.
O secretário, Hélio Daher, falou sobre a preocupação dos prefeitos do país inteiro, que vem tentando buscar outras alternativas em relação à segurança das escolas brasileiras. “Tive uma reunião recente com a Segurança Pública e a orientação não é colocar segurança armada nas escolas. Temos que ter muito cuidado com essa questão” afirma o secretário, que orientou aos gestores que essa atitude não é cabível para o atual momento.
Durante a reunião também foi ressaltado a importância das prefeituras do estado reforçarem principalmente o apoio da família nesse cenário, que é primordial para cuidar e orientar as crianças e adolescentes em relação ao conteúdo que acessam nas redes sociais, e assim evitar problemas futuros dentro do ambiente escolar.
Em relação aos pais, a SED vai promover com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) uma cartilha de orientação para os pais e os municípios. Na cartilha vai conter algumas instruções de como a família deve se comportar no dia a dia para observar seus juvenis.
Foi apresentado na reunião também o funcionamento do Video Monitoramento, que é diferente da câmera simples, porque ele envolve desde o vídeo até a intervenção rápida e a tranca eletrônica nas escolas.
Vale ressaltar que esse é um projeto que demorou cerca de três anos para ser montado. O foco original não era a violência nas escolas, mas sim a preservação do patrimônio público, para diminuir a depravação das escolas. No projeto inicial, as câmeras só gravavam a parte de dentro das escolas, agora nesse novo projeto as câmeras passam a focar na frente das escolas, ou seja, nas ruas.
“Esse vídeo monitoramento vem se tornando uma ferramenta muito útil, inovadora e boa para nós. E hoje é um dos monitoramentos mais modernos do Brasil, tanto é que a gente vem recebendo visitas aqui no nosso estado para conhecerem esse sistema, como o Paraná que veio semana passada e vamos receber São Paulo essa semana. Prefeituras já mandaram vários colegas para conhecerem, como o município de Palmas (TO) e Cuiabá (MT). Então essa ferramenta é um equipamento muito robusto, e com a capacidade de fornecer resposta rápida”, comenta Hélio Daher.
Foi enfatizado durante a reunião que a adesão dos municípios também potencializa a ação em conjunto. As centrais e as equipes de monitoramento trabalham em conjunto, então o estado e os municípios necessitam construir uma relação próxima para tomarem as providenciais cabíveis.
De maneira geral, o Video Monitoramento se tornou a principal ferramenta que o estado tem hoje nas escolas de Rede Estadual. O estado só não está conseguindo chegar com esse serviço nas escolas do campo e indígenas.
Vicente Lopes, gerente geral da COSI, apresentou durante a reunião os detalhes das funcionalidades desta ferramenta, inclusive o principal objetivo.
A Central se dedica à segurança escolar e funciona 24 horas por dia, nos sete dias da semana, com o regime de plantão, sendo quatro equipes que se revezam no monitoramento, quatro no call center e outras quatro no atendimento de campo, fazendo o atendimento das ocorrências. São 225 profissionais dedicados a esse projeto, cuidando das escolas até mesmo durante a noite.
“O COSI está implantado aqui no Mato Grosso do Sul aproximadamente há um ano. Nossa solução é uma forma de gestão de segurança escolar, mais econômica e eficiente, ele vira um órgão dentro da estrutura da Secretaria de Educação. Agora não se tem mais uma pessoa, uma câmera, tem um exército de serviço com toda a tecnologia embarcada para atender as escolas” explica Vicente Lopes.
A estrutura aplicada na Rede Estadual, tem três sistemas, sendo de alarme, controle de acesso e vídeo digital, com aplicativos móveis para todos os servidores. Dentro desta plataforma está o botão de pânico, que agora foi multiplicado pela quantidade de servidores, com isso, cada pessoa que está nas escolas tem um botão de pânico na mão. Vale ressaltar que quando o botão é acionado, independe da situação, ela é tratada sempre com prioridade máxima.
