O pagamento dos salários do ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto e do ex-assessor da Presidência da República Marcelo Câmara, foram suspensos pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. A informação foi repassada pela assessoria do partido.
Braga Netto e Câmara são alvos da operação Tempus Veritatis da PF (Polícia Federal), que apura suposta tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro e Valdemar são investigados. Todos foram convocados a prestar depoimento nesta quinta-feira (22).
No PL, Braga Netto ganhava cerca de R$ 40 mil, enquanto Câmara, R$ 20 mil. O primeiro é general do Exército Brasileiro e o segundo, coronel, portanto, há os salários provenientes da Força, que são, respectivamente, R$ 35.294,02 e R$ 27.500,40 brutos, de acordo com o Portal da Transparência.
Braga Netto assumiu o papel de vice na chapa com Jair Bolsonaro para a Presidência da República em 2022. Câmara, por sua vez, atuava como assessor especial do ex-presidente. Ambos são considerados do núcleo próximo do ex-chefe do Executivo.
Em depoimento simultâneo à PF, aliados e o ex-presidente Jair Bolsonaro usaram estratégias diferentes para se defender da suspeita de tentativa de golpe de Estado. Enquanto o ex-presidente e Braga Netto ficaram em silêncio durante a oitiva, o presidente do PL quebrou o voto de silêncio e respondeu às perguntas. Ao todo, na sede da PF, foram colhidos 13 depoimentos de investigados na Operação Tempus Veritatis.
Câmara é apontado pela PF como responsável por um suposto sistema paralelo de inteligência que monitorou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, durante o governo Bolsonaro.
O ex-presidente permaneceu cerca de 30 minutos na sede da Polícia Federal e optou por não responder às perguntas. Braga Netto e Augusto Heleno, ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), adotaram a mesma estratégia. Eles alegam que não tiveram acesso ao conteúdo das investigações, portanto, optaram por não responder.
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*Com informações R7