
Nesta terça-feira (9), o tenente-coronel Mauro Cid prestou outro depoimento à Polícia Federal. Ele compareceu à corporação para assinar a transcrição do depoimento dado em 11 de março. Mauro Cid, que anteriormente ocupou o cargo de ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), já foi interrogado pelos policiais federais em oito ocasiões e chegou a fechar um acordo de delação premiada. Ele forneceu esclarecimentos em vários inquéritos, incluindo o caso da suposta falsificação de cartões de vacina e o da alegada venda ilegal de joias presidenciais.
Em setembro do ano passado, Mauro Cid foi liberado da detenção após firmar um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. Seu depoimento foi fundamental para a operação Tempus Veritatis, realizada em fevereiro deste ano. Recentemente, as investigações revelaram novos detalhes que necessitam ser discutidos pelo delator, caso deseje manter o acordo que lhe concedeu a liberdade. Três pontos principais podem ser objeto de questionamento pela Polícia Federal na segunda-feira (11), quando ele prestará um novo depoimento.
Em 22 de março, o tenente-coronel foi novamente detido após prestar depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal) acerca de um áudio no qual fez críticas à Polícia Federal e ao ministro Alexandre de Moraes. Além disso, a corporação realizou buscas e apreensões em sua residência. No áudio, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro alega que Alexandre de Moraes e a PF já decidiram condenar o ex-presidente e seus aliados, buscando agora apenas confirmar narrativas. Ele relata ter sido coagido pelos policiais durante a delação, afirmando: "Todas as vezes eles falavam: 'Sua colaboração... sua colaboração está muito boa'. Ele [o delegado] até mencionou: 'Vacina, por exemplo, você será indiciado por nove negócios de vacina, nove tentativas de falsificação de vacina. Você será indiciado por associação criminosa e mais um termo'. Ele disse: 'Essa brincadeira sozinha são 30 anos para você'."
O STF fundamentou o novo mandado de prisão devido ao descumprimento das medidas cautelares e à suposta obstrução à Justiça. Em 21 de março, a defesa do tenente-coronel emitiu um comunicado negando que o militar questionasse as investigações da Polícia Federal a seu respeito. A nota afirmava que Cid estava passando por um momento de angústia pessoal devido às investigações em curso pela corporação.
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*Com informações R7