Quinta, 19 de Setembro de 2024

Vereador denuncia suposta propina de empreiteiras durante votação do Plano Diretor de Campo Grande

Acusações levantam debate acalorado na Câmara Municipal; veto do Executivo é mantido

26/06/2024 às 10h43
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Durante a sessão da Câmara Municipal de Campo Grande sobre o veto do Executivo às emendas no Projeto de Lei n. 11.274/24, o vereador Professor André Luís (PRD) fez uma denúncia explosiva, alegando que colegas vereadores teriam recebido propina de R$ 1 milhão de empreiteiras para influenciar no destino do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA). As mudanças propostas no texto afetariam o uso do solo na zona de expansão urbana da cidade.

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Segundo André Luís, a denúncia foi feita por uma fonte confiável, embora não tenha revelado nomes específicos durante sua fala na Câmara. Ele afirmou estar em busca de provas concretas para fundamentar suas acusações. "Essa pessoa me informou que empreiteiras foram pressionadas a pagar R$ 1 milhão a um determinado vereador, cujo nome não mencionarei por questão de responsabilidade, mas buscarei evidências para apresentar ao presidente", declarou o vereador.

A repercussão das acusações levou o vereador Papy (PSDB) a anunciar medidas legais contra André Luís, indicando que registraria um boletim de ocorrência e faria uma representação junto ao Ministério Público para que o parlamentar apresentasse provas que sustentem suas acusações.

Na votação subsequente, os vereadores optaram por manter os cinco vetos impostos pela Prefeitura de Campo Grande, preservando o texto original do Projeto de Lei n. 11.274/24, que versa sobre a outorga onerosa para alterações no uso do solo na zona de expansão urbana (ZEU).

Entre as emendas vetadas estavam propostas que modificariam requisitos para transformação de áreas rurais em urbanas, removendo termos como "contíguas" e permitindo construções além dos limites definidos pelo PDDUA. Os debates na sessão destacaram divergências sobre o crescimento urbano planejado e a influência do setor privado nesse processo.

As acusações de corrupção lançadas por André Luís prometem continuar a gerar controvérsias dentro e fora da Câmara Municipal, enquanto o debate sobre o futuro desenvolvimento urbano de Campo Grande continua em pauta entre parlamentares, especialistas e a comunidade local.

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*Com informações Correio do Estado

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