Domingo, 14 de Setembro de 2025

Ministro de Lula diz que vai acabar com privatização do Porto de Santos

Tarcísio vai propor avanço com leilão do Porto a Lula e França

23/12/2022 às 13h24 Atualizada em 24/12/2022 às 10h09
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Tarcísio tentará convencer Lula e França sobre a importância da privatização
Tarcísio tentará convencer Lula e França sobre a importância da privatização

O governador eleito de São Paulo Tarcísio de Freitas vai propor uma conversa com o petista Luiz Inácio Lula da Silva e o seu ministro de Porto e Aeroportos, Márcio França, anunciado ontem, dia 22, para tentar convencer a nova gestão federal de que é preciso avançar com o leilão do Porto de Santos, maior complexo portuário da América Latina.

Mais cedo, após ter sido nomeado, França afirmou que o porto de Santos, em São Paulo, não seria mais concedido à iniciativa privada. Ele disse que a decisão está tomada e que o governo vai manter a atual estrutura da autoridade portuária.

O plano de concessão, que estava previsto para os próximos meses era aguardado como a segunda maior concessão do governo Bolsonaro, depois da oferta de ações da Eletrobras. A minuta do edital vem sendo analisada pelo Tribunal de Contas da União.

Essa deve ser uma das primeiras agendas de Tarcísio no início de seu mandato, para tentar dar andamento à privatização do porto, rota de entrada e saída de 29% de todas as transações comerciais do Brasil.

França foi taxativo. "Não será feito o leilão. A autoridade portuária vai continuar estatal. O que faremos são concessões de áreas dentro do porto, de terminais privados. Onde já foi feito, a gente respeita. Agora, há situações que não foram homologadas e que vão passar pelo crivo dos técnicos", disse. Segundo ele, foi solicitado um adiamento do processo para que o presidente possa "opinar."

Desafio de Tarcísio

Dentro do governo paulista, a aposta é que, com diálogo, seja possível reverter a posição de França. Segundo interlocutores, Tarcísio, que já foi ministro da Infraestrutura, acredita que, ao se aprofundar no assunto, o governo petista restará convencido de que a oferta do porto é o caminho para garantir os investimentos necessários para a expansão de uma estrutura já limitada.

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