Quinta, 19 de Setembro de 2024

Pressões e acusações marcam campanha eleitoral na Venezuela: APEX defende imprensa estrangeira em meio a tensas eleições

Governo de Maduro alega fraude eleitoral e promove ataques contra a mídia, enquanto o ambiente político é acirrado por censura e ameaças de violência

21/07/2024 às 18h01 Atualizada em 21/07/2024 às 18h23
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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A campanha eleitoral na Venezuela tem sido marcada por intensas pressões e acusações, especialmente com relação à imprensa estrangeira. Com as eleições previstas para 28 de julho se aproximando, o cenário político está cada vez mais polarizado. Recentemente, a Associação de Imprensa Estrangeira da Venezuela (APEX) condenou os ataques direcionados ao trabalho jornalístico, destacando a necessidade de uma postura imparcial e clara.

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Em um pronunciamento recente, a APEX ressaltou que o jornalismo realizado por agências internacionais busca manter uma postura neutra em relação às diversas correntes políticas do país. A entidade enfatizou que seu foco é oferecer informações precisas e claras, sem se envolver diretamente nos conflitos políticos internos, conforme detalhado em um comunicado oficial.

Acusações do governo e reação internacional

No centro dessa controvérsia está a alegação do governo de Nicolás Maduro de que algumas agências internacionais estão supostamente envolvidas em um plano clandestino para denunciar fraude eleitoral. Jorge Rodríguez, diretor da campanha do regime, acusou especificamente a CNN de participar de uma suposta campanha para deslegitimar o processo eleitoral.

Contrariando essas acusações, a APEX rapidamente publicou um comunicado repudiando qualquer tentativa de uso político do trabalho jornalístico e pediu aos políticos venezuelanos que não misturem a atuação da imprensa com os debates políticos. A declaração reforçou a posição de que a mídia deve atuar como um observador externo e não como um participante dos processos eleitorais.

Censura e violência

Além das disputas entre governo e oposição e das acusações contra a imprensa, o ambiente eleitoral na Venezuela é ainda mais tumultuado devido à censura e bloqueio de aproximadamente 47 sites, além das 51 detenções por motivações políticas registradas no primeiro semestre do ano, segundo o sociólogo Rafael Uzcátegui, da ONG Laboratório de Paz. Essas restrições severas à imprensa e a repressão aos opositores pintam um quadro de violação dos direitos fundamentais.

O comício recente de Nicolás Maduro adicionou mais tensão ao cenário, com o presidente insinuando que a não aceitação dos resultados eleitorais poderia levar o país a um “banho de sangue”. Essas declarações intensificam os temores de que o resultado das eleições possa exacerbar a violência em uma nação já profundamente dividida por conflitos políticos e sociais.

Portanto, as eleições de 28 de julho se destacam não apenas como um processo eleitoral crucial para o futuro da Venezuela no século 21, mas também como um teste significativo para a liberdade de imprensa e a integridade democrática do país. O desfecho desse pleito e o comportamento dos envolvidos poderão definir o caminho da nação nos próximos anos.

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