O acordo entre o PSDB e o PL, que visa consolidar a aliança entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e as lideranças tucanas como o governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja, continua a moldar o cenário político em Mato Grosso do Sul. No entanto, essa aliança tem gerado controvérsias, especialmente no que diz respeito à distribuição das candidaturas e às promessas de filiação para as eleições de 2026.
O lema adotado pela aliança, "tudo que é nosso, é seu também", reflete a estratégia de integrar os interesses partidários e garantir uma parceria sólida para o futuro. A promessa de filiação de Azambuja e possivelmente de Riedel ao PL, além do desejo de Bolsonaro de expandir o número de prefeitos em todo o Brasil, são os pilares desta aliança.
O ex-presidente do PL, deputado federal Marcos Pollon, trabalhou para organizar 40 pré-candidaturas, mas aproximadamente 30 delas estão em risco devido às negociações em curso. Bolsonaro expressou preocupação com a desproporcionalidade na distribuição das candidaturas, mas foi informado de que ajustes seriam difíceis devido ao timing tardio da parceria.
As tratativas entre PSDB e PL resultaram em alguns acordos significativos. O PSDB conseguiu fazer o PL recuar em cerca de 30 municípios, garantindo a indicação de vices em locais como Nova Andradina. Por sua vez, o PSDB está negociando para indicar o vice do PL em Sete Quedas e Guia Lopes, além de outras possíveis mudanças.
Atualmente, das 40 pré-candidaturas inicialmente propostas por Pollon, restam as seguintes: Alcinópolis (Manoel Nunes), Dourados (Gianni Nogueira), Guia Lopes (Dr. Max), Jateí (Odair Pereira), Maracaju (Rovilson Corrêa), Naviraí (Rodrigo Sacuno), Ponta Porã (Pompílio Junior), Sidrolândia (Rodrigo Basso) e Paranaíba (Robson Resende).
Outras 30 pré-candidaturas enfrentam a possibilidade de não serem efetivadas, incluindo em municípios estratégicos como Campo Grande, com a candidatura de João Henrique Catan, e Três Lagoas, com Paulo Veron.
O processo de negociação tem gerado descontentamento entre os apoiadores e candidatos, que veem as mudanças como um reflexo da complexidade e dos conflitos de interesses dentro da aliança. A tentativa de equilibrar a balança entre os partidos tem levado a um clima de incerteza e desconforto, que poderá impactar as campanhas eleitorais e a imagem pública dos envolvidos.
A situação evidencia os desafios de uma aliança em que interesses partidários e pessoais se entrelaçam, e coloca em questão a eficácia e a justiça na distribuição das candidaturas. Com as eleições se aproximando, a aliança PSDB-PL enfrentará a tarefa de superar essas disputas internas e apresentar uma frente unida nas urnas.
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