A disputa pela Prefeitura de Campo Grande tem esquentado não apenas o cenário político local, mas também os bastidores do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A recente inclusão do candidato tucano, Beto Pereira (PSDB), na lista de políticos que podem se tornar inelegíveis pela Justiça Eleitoral causou um racha entre o atual presidente do TCE, Jerson Domingos, e o PSDB.
O partido, liderado pelo ex-governador Reinaldo Azambuja, questionou a imparcialidade de Jerson, acusando-o de favorecer Rose Modesto (União), adversária de Beto Pereira na corrida eleitoral. A tensão se intensificou após a divulgação da lista, o que pode impactar diretamente a reeleição de Jerson para a presidência do tribunal.
Com a saída de três conselheiros do TCE, restaram apenas quatro membros aptos a disputar o cargo de presidente. Para formar uma chapa, Jerson Domingos, Flávio Kayatt, Osmar Jerônymo e Márcio Monteiro precisam chegar a um consenso, o que tem se mostrado um desafio. A divisão interna é nítida: enquanto Flávio e Márcio foram indicados por Reinaldo Azambuja (PSDB), Jerson e Osmar têm o apoio de André Puccinelli (MDB), figura que pode ser decisiva na composição.
Puccinelli, aliado de longa data de Osmar Jerônimo, apoia a candidatura de Beto Pereira, mas também mantém uma relação próxima com Jerson Domingos. Essa ambiguidade pode definir o futuro do TCE nos próximos meses, já que, se não houver acordo, Jerson permanecerá no cargo até sua aposentadoria compulsória, no próximo ano.
A disputa pela presidência do TCE é crucial para os rumos políticos do estado, e o desfecho desse impasse será observado de perto. Com o tempo correndo e o prazo para a eleição se aproximando, as negociações internas prometem ser intensas, podendo influenciar diretamente a administração de Campo Grande e os interesses dos principais grupos políticos envolvidos.
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*Com informações Investiga MS