Terça, 01 de Julho de 2025

Custo da cesta básica sobe em 10 capitais e salário mínimo ideal chega a R$ 6.657,55

Pesquisa do Dieese aponta alta nos preços dos alimentos em setembro e destaca impacto da inflação no orçamento familiar

05/10/2024 às 09h07
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Reprodução
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O custo da cesta básica de alimentos registrou aumentos em 10 das 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em setembro de 2024. As maiores elevações foram observadas em Porto Alegre (2,07%), Florianópolis (1,59%), Rio de Janeiro (1,56%), Vitória (1,56%) e Brasília (1,39%).

São Paulo continua sendo a capital com a cesta básica mais cara do país, alcançando R$ 792,47, seguida por Florianópolis (R$ 768,33), Rio de Janeiro (R$ 757,30) e Porto Alegre (R$ 756,17). Em contraste, capitais das regiões Norte e Nordeste, como Aracaju (R$ 506,19), Recife (R$ 535,32) e João Pessoa (R$ 552,35), apresentaram os menores custos.

Na comparação entre setembro de 2023 e setembro de 2024, 11 cidades registraram alta nos preços dos alimentos, com destaque para São Paulo (7,85%), Goiânia (6,65%), Campo Grande (5,76%) e Rio de Janeiro (5,19%). Por outro lado, Natal (-7,51%) e Recife (-6,12%) apresentaram quedas.

Com base na cesta mais cara, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário para manter uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.657,55 em setembro de 2024, um valor 4,71 vezes maior que o salário mínimo vigente de R$ 1.412,00. Esse valor é levemente superior ao registrado em agosto (R$ 6.606,13).

Além disso, os brasileiros comprometeram em média 50,24% de sua renda líquida para adquirir alimentos essenciais, um pequeno aumento em relação ao mês anterior (50,13%). Entre os produtos com maior alta de preços, destacaram-se o café em pó, que subiu em todas as capitais pesquisadas, e o óleo de soja. A carne bovina de primeira também registrou aumentos, enquanto batata e tomate tiveram quedas em várias cidades.

Esses aumentos no custo da cesta básica ressaltam a necessidade de políticas públicas eficazes para conter o impacto da inflação, principalmente em tempos de instabilidade econômica. Para o Dieese, medidas urgentes são necessárias para proteger o poder de compra dos trabalhadores, que têm visto uma parte cada vez maior de sua renda comprometida com alimentos básicos.

*Com informações Agência Estado

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