A próxima legislatura da Câmara Municipal de Campo Grande promete ser marcada por uma intensa disputa interna pela presidência da Casa. O cenário está dividido entre duas chapas principais: uma liderada pelos vereadores Papy (PSDB) e Carlão (PSB) e outra, formada por aliados do Partido Progressista (PP), que busca emplacar um candidato com o aval da vereadora Adriane.
O grupo de Papy e Carlão já garantiu o apoio de 20 vereadores, selando uma aliança que inclui os cinco membros do PSDB, três do PL, três do União Brasil, três do PT, entre outros. Já o lado do PP se articula para apresentar um candidato a presidente, com os vereadores Beto Avelar, Delei Pinheiro e Professor Riverton sendo cogitados para a vaga. A disputada eleição se aproxima e o que já se vê é uma movimentação política que remonta às disputas históricas, como em 2012, quando Alcides Bernal (PP) apoiou Rose Modesto (PSDB) e perdeu a corrida para a presidência da Câmara, gerando brigas políticas que perduraram por anos.
A entrada de Adriane no jogo dá novo fôlego à candidatura do PP, com apoio vindo também de vereadores do Avante e dos Republicanos. No entanto, a situação está longe de ser resolvida, e já se percebe que promessas de apoio podem ser desfeitas a qualquer momento. Alguns vereadores dos Republicanos, por exemplo, haviam se comprometido a votar em Papy, mas agora estão alinhados com o grupo de Adriane, ampliando ainda mais o clima de traição.
Além disso, dois vereadores do MDB, Dr. Jamal e Coringa, também sinalizaram que querem disputar a presidência, mas não estão garantidos a nenhum dos grupos em disputa, o que ainda gera incertezas sobre como a eleição se desenrolará. O próprio Marquinhos Trad (PDT), um nome importante da política local, permanece em silêncio, sem se pronunciar sobre sua posição até o momento.
Com tantas alianças e reviravoltas, a eleição para a presidência da Câmara Municipal de Campo Grande se configura como um campo de batalhas políticas, onde traições, interesses pessoais e acordos de bastidores podem mudar o rumo da disputa até o último minuto. O que parecia ser uma eleição tranquila, agora se transforma em uma das mais incertas e polarizadas dos últimos anos.
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