Quinta, 21 de Novembro de 2024
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Expansão da citricultura transforma Mato Grosso do Sul no novo polo de produção de laranjas

Estado atrai bilhões em investimentos e projeta geração de milhares de empregos no setor

12/11/2024 às 08h42
Por: Tatiana Lemes
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Foto: Álvaro Rezende
Foto: Álvaro Rezende

A citricultura ganha força em Mato Grosso do Sul com o avanço de grandes projetos liderados por empresas como o Grupo Cutrale. Nesta segunda-feira (11), o governador Eduardo Riedel visitou a Fazenda Aracoara, entre Sidrolândia e Campo Grande, para conhecer a primeira fase do plantio de laranjas, que já alcança 120 hectares em plena produção. O projeto total prevê 4,8 mil hectares plantados até 2026, com investimentos de R$ 500 milhões, podendo chegar a R$ 1 bilhão.

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Durante o encontro, Riedel destacou o impacto positivo da iniciativa na geração de empregos e no fortalecimento da economia local. “Estamos diante de uma nova fronteira de prosperidade em Mato Grosso do Sul. O projeto já gerou 200 empregos diretos e, quando concluído, chegará a 570”, afirmou o governador.

O Grupo Cutrale, que vinha produzindo de forma experimental há cinco anos, executou 25% do plano inicial. Quando o pomar atingir oito anos, a previsão é de uma produção anual de 8 milhões de caixas de laranja.

Além da Cutrale, outros grandes investidores estão ampliando a citricultura no estado. O Agro Terena, em Bataguassu, e o Grupo Junqueira Rodas, em Paranaíba, já anunciaram projetos que somam milhares de hectares plantados. O Grupo Moreira Sales, por sua vez, planeja investir R$ 1,2 bilhão em Ribas do Rio Pardo, com estimativa de colher 8 milhões de caixas por ano e gerar 3,6 mil empregos diretos e indiretos.

Com quase 30 mil hectares já dedicados à citricultura, Mato Grosso do Sul se consolida como o novo “cinturão citrícola” do país. Fatores como um ambiente favorável de negócios, rígidas normas fitossanitárias e o combate à ameaça do greening impulsionam o setor, com o apoio do governo estadual em infraestrutura, logística e energia.

“Definimos uma legislação sanitária rigorosa e já captamos 30 mil hectares em diferentes municípios. Quando alcançarmos 50 mil hectares, será natural a instalação de indústrias no setor”, destacou Jaime Verruck, secretário da Semadesc. A citricultura, segundo ele, representa uma alternativa viável para diversificar a produção agrícola do estado, consolidando Mato Grosso do Sul como referência nacional no setor.

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