A prefeita Adriane Lopes (PP) abriu espaço para que os vereadores de seu partido tentassem viabilizar uma candidatura à presidência da Câmara Municipal, mas deixou claro que uma composição pode ser necessária para manter a harmonia com os aliados que ajudaram em sua reeleição. A disputa interna no PP já ganhou contornos de estratégia política, com um cenário de negociação possível para evitar desgastes futuros.
Atualmente, a maioria dos vereadores eleitos está homologada com o vereador Carlão (PSB) , que se tornou o líder desse grupo e será o próximo a ocupar o cargo de vice-presidente da Câmara . O entendimento entre eles é buscar uma solução consensual com Adriane, inspirada no modelo de governabilidade adotado pela Assembleia Legislativa de MS , onde o PSDB comandava o governo, e o PP liderava o legislativo. Nesse modelo, teria uma inversão de forças na Câmara, com o vereador Carlão como fiador dessa composição, tendo sido aliado crucial da prefeita no segundo turno das eleições.
No entanto, o PP ainda não conseguiu definir um candidato único à presidência da Câmara. Três nomes disputaram a preferência da prefeita: Beto Avelar , Delei Pinheiro e Professor Riverton . No entanto, a dificuldade de reverter os compromissos já reforçados por outros vereadores, que se alinharam com a chapa de Papy e Carlão , coloca em xeque as tentativas de Adriane de consolidar uma candidatura própria para a presidência.
Enquanto alguns vereadores defendem a necessidade de o PP disputar a presidência para fortalecer sua posição na Casa, outro grupo alerta para os riscos de um confronto interno, que poderia prejudicar a governabilidade de Adriane, sobretudo pela possibilidade de reverter a coalizão que ela construiu no segundo por sua vez, com o apoio de 16 vereadores, incluindo Carlão e Papy. A decisão de não criar uma racha na Câmara parece ser o caminho mais seguro para garantir a estabilidade política do governo.
A prefeita ainda aguarda uma conversa com Tereza Cristina , principal liderança do grupo, para definir os passos próximos. A solidez do grupo de Carlão e Papy coloca em dúvida a solução de um enfrentamento, levando o PP a compensar até onde vale a pena "esticar a corda" nessa política de negociação.
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*Com informações Investiga MS