O PSDB, partido que recentemente obteve um desempenho impressionante nas eleições municipais de 2024 em Mato Grosso do Sul, com 44 prefeitos eleitos entre 79 municípios, enfrenta um desafio crítico em sua estrutura nacional. A sigla vive um momento delicado, marcada pela saída iminente de nomes importantes como a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, rumo ao PSD, e uma reconfiguração de forças políticas dentro da legenda. Com a perda de várias lideranças, o PSDB vê agora apenas dois governadores tucanos no Brasil: Eduardo Riedel, no Mato Grosso do Sul, e Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul.
Em meio a este cenário, o governador Riedel afirmou que a questão sobre sua permanência no partido será discutida no ano que vem, sem pressa. "Essa é uma conversa que ocorrerá em 2025, com a participação das lideranças estaduais e nacionais do PSDB. Não há nenhuma decisão sendo tomada neste momento", afirmou o governador, deixando claro que ainda não há um posicionamento fechado sobre sua continuidade ou saída da sigla.
Riedel ressaltou que, apesar da crise interna, o PSDB continua a ter relevância no cenário político brasileiro. “O partido tem uma história sólida e, apesar das dificuldades, ainda tem muito a oferecer ao país. Estamos passando por um momento de transição, mas temos bons quadros e uma capacidade de fazer grandes mudanças”, afirmou o governador.
Ele também fez questão de destacar que o partido ainda se mantém preparado para enfrentar os grandes desafios nacionais, embora tenha perdido força nos últimos anos, em grande parte devido à polarização política que dominou o Brasil desde as últimas eleições presidenciais.
O ex-governador e atual presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja, também comentou sobre a crise da legenda. Segundo ele, a decisão equivocada de promover a candidatura presidencial de João Doria em 2022 resultou na perda de relevância do PSDB. Azambuja sugeriu que a solução para a sigla poderia passar por uma fusão com outros partidos ou a formação de federações com legendas mais alinhadas à direita, como o PL, que tem forte presença no Mato Grosso do Sul e no Brasil.
“É um partido que nos interessa muito aqui no estado. Temos uma boa relação com os líderes do PL, tanto a nível estadual como nacional. Isso pode ser uma alternativa para fortalecer nossa atuação”, disse Azambuja, apontando para o possível fortalecimento do PSDB por meio de uma aliança com o PL.
Com as eleições de 2024 já refletindo uma reconfiguração das forças políticas no Brasil, o PSDB precisará tomar decisões difíceis sobre seu futuro, principalmente em um momento de reequilíbrio entre direita e centro-direita no país. Em 2025, as discussões sobre o futuro do partido deverão ser aprofundadas, com o PSDB buscando sua reestruturação para garantir relevância política nos próximos anos.
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*Com informações Campo Grande News