O presidente do Partido Liberal (PL) de Mato Grosso do Sul, Tenente Portela, foi flagrado em um áudio vazado, expondo uma grave crise interna no partido. No conteúdo, Portela denuncia perseguição por parte de seus próprios colegas, incluindo a senadora Tereza Cristina (PP), de quem é suplente. Em conversa com o ex-presidente Jair Bolsonaro, Portela reclama segundo ataques e humilhações que, ele, tem sofrido dentro da sigla.
“Eu tinha uma filha que trabalhava no Estado, a Tereza jogou. A Tereza persegue mesmo, mas tá bom… Faz parte da política. Agora, o que eles não podem é partir da humilhação. E o que está fazendo é humilhação. E aí eu não aceito, prefiro ficar fora”, desabafa Portela no áudio, fazendo referência a sua insatisfação com a atitude de Tereza Cristina.
Portela, que foi colocada à força como suplente de Tereza Cristina, afirma que tem sido vítima de uma série de perseguições políticas por parte de vários membros do PL, incluindo figuras como Rodolfo, Coronel David, Neno Razuk e Pollon. Ele critica a situação como um constante “apanho”, enfatizando a humilhação sofrida dentro do partido e a falta de apoio em sua trajetória política.
No áudio, Portela também deixa claro seu desconforto com a situação, chegando a dizer que, caso a situação não mude, ele pedirá sua desfiliação ou até mesmo renunciará ao cargo de suplente. “Eu tenho apanhado de um, apanhado do outro lado… Mas tem hora que não dá, porque partem pra humilhação”, afirmou.
Bolsonaro, ao ouvir as queixas de Portela, tenta minimizar o conflito, pedindo que ele não renuncie ao cargo e sugere que ele se distancie da política por um tempo: “Nunca fale em renunciar ao cargo de suplente. Deixe um pouco a política de lado. Vá pescar”.
Esse vazamento expõe uma crise profunda dentro do PL de Mato Grosso do Sul, onde Portela, nomeado para o cargo de comando de Bolsonaro, nunca conseguiu conquistar a confiança da maioria dos membros do partido. Sua nomeação aconteceu após acordos com o PSDB, mas sua liderança nunca foi bem recebida por todos.
Portela, que já esteve envolvido em outras polêmicas, como a retirada do apoio à candidatura de Rafael Tavares à prefeitura de Campo Grande e a distribuição desigual de recursos eleitorais dentro do partido, se vê em uma posição delicada. O escândalo envolvendo sua filha, Ana Portela, que recebeu R$ 400 mil do partido, enquanto o primeiro suplente recebeu apenas R$ 30 mil, também agravou ainda mais sua imagem dentro da sigla.
Com a crise se intensificando, a permanência de Portela à frente do PL em Mato Grosso do Sul se torna cada vez mais insustentável, e o futuro político do partido no estado está em xeque.
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*Com informações Investiga MS