Na manhã desta quarta-feira (27), o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), se manifestou sobre o confronto entre o Batalhão de Choque e indígenas em Dourados, destacando a necessidade de manter a ordem pública e o direito de ir e vir da população. Segundo o governador, o protesto, que bloqueou vias e impediu que os trabalhadores chegassem ao trabalho, não pode ser tolerado após três dias de negociações infrutíferas.
“Não podemos tolerar, além de qualquer discussão e negociação que foi feita por três dias seguidos, uma paralisação do estado”, afirmou Riedel, destacando o impacto da interrupção no cotidiano da cidade e na economia local. O governador enfatizou que as negociações estavam progredindo, mas foram retardadas por interesses políticos, registrados em boletins de ocorrência, o que dificultou uma resolução mais rápida.
“Não podemos ser reféns de interesses políticos dentro das comunidades indígenas, que a gente tem o maior respeito”, disse Riedel, lembrando que o Estado tem buscado soluções para as questões estruturais enfrentadas por essas comunidades. Ele ressaltou que, em parceria com a Itaipu Binacional, o governo estadual está investindo R$ 45 milhões para resolver o problema de abastecimento de água em várias aldeias, incluindo aquelas em Dourados.
Embora a cidade de Dourados tenha ficado fora dos investimentos imediatos, o governador garantiu que o Estado continuará buscando recursos para atender à demanda local e resolver a crise hídrica que afeta várias comunidades indígenas. “Vamos continuar trabalhando pelas comunidades indígenas, mas precisamos manter a ordem, o desenvolvimento e garantir os direitos das pessoas de ir e vir”, afirmou.
Riedel também informou que, apesar de o tráfego de água ter sido enviado às aldeias durante o protesto, a negociação não foi concluída devido à interferência de terceiros e à pressão de instituições federais. "Por interferência de uma pessoa e correntes de instituições públicas federais, incentivando, porque o presidente viria... Estamos trabalhando para as comunidades indígenas, mas o Estado precisa manter a ordem", concluiu o governador.
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*Com informações Investiga MS