O Partido Liberal (PL) em Mato Grosso do Sul tem mais um tempo de respiro antes de enfrentar um cenário que promete grandes reviravoltas internacionais. Embora as lideranças do partido tenham se preparado para o constrangimento de serem conquistadas por antigos rivais, como o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB), essa mudança foi adiada devido a uma decisão estratégica do próprio Azambuja, que ainda não define qual caminho tomará para o futuro do PSDB e do PL no Estado.
A troca de liderança surgiu de um acordo firmado entre Azambuja e Jair Bolsonaro (PL), que colocaria o ex-governador no comando do PL em troca de apoio ao partido a Beto Pereira (PSDB) na eleição para a prefeitura de Campo Grande. No entanto, a derrota da chapa na eleição municipal esfriou os ânimos e paralisou o acordo. Azambuja, agora, aguarda para decidir seu futuro, enquanto o PSDB busca alternativas, com a possibilidade de fusão com outras siglas para continuar relevante no cenário político.
Inicialmente, a expectativa era de que Azambuja assumisse a presidência do PL ainda no início de 2025, o que agora parece improvável. Com isso, o atual presidente da sigla em Mato Grosso do Sul, Tenente Portela, continuará à frente, mantendo uma linha de comando imposta por Bolsonaro. A transição que parecia iminente gera tensão, pois o PL ainda vive os resquícios de uma rebelião interna quando o ex-presidente da sigla, Pollon, que se opôs ao PSDB, se rebelou contra o acordo.
Pollon, que sempre criticou o PSDB e o rotulou como um partido de esquerda, agora se vê diante da perspectiva de ver Azambuja, um de seus maiores adversários, assumindo o controle do partido no Estado. Além dele, a situação promete ser desconfortável para outros membros do PL, como os deputados João Henrique Catan e o vereador Rafael Tavares, que também criticaram o PSDB no passado e enfrentam a possibilidade de um novo cenário com o fortalecimento da aliança entre o PL e o PSDB .
Embora o PL tenha se consolidado como a quarta maior sigla em número de prefeituras no Estado, com cinco das 79 cidades, a sigla ainda enfrenta desafios para se estabelecer de forma mais robusta, especialmente em um momento em que o PSDB domina o cenário com 44 prefeituras. A indefinição sobre a liderança do PL e as alianças que podem surgir nos próximos meses colocam o partido num impasse, à espera das próximas decisões de Azambuja.
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*Com informções Investiga MS