A Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou o pedido de delação premiada apresentado por David Cloky Hoffaman Chita sobre um suposto esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), no qual o deputado federal Beto Pereira (PSDB) era mencionado. Segundo a PGR, a falta de elementos comprobatórios inviabilizou o prosseguimento do caso.
A denúncia ganhou relevância durante as eleições, quando o parlamentar divulgou uma resposta do procurador-geral de Justiça, Romão Ávila Milan Junior, afirmando que não havia menção ao nome de Beto Pereira na proposta de delação. Mesmo assim, o caso serviu de munição política contra o deputado.
A investigação teve origem em um esquema envolvendo o despachante David Chita, que utilizava senhas de servidores do Detran para realizar baixas fraudulentas de restrições veiculares. O caso também revelou presentes valiosos dados a uma servidora, que mantinha um relacionamento com Chita. A polícia apontou fortes indícios da participação dele em diversas fraudes, que vão desde corrupção interna no Detran até a cobrança de valores ilícitos para regularização de veículos.
Chita já havia sido denunciado em esquemas anteriores, como a fraude na emissão de documentos de caminhões com quatro eixos. Ele também é réu em processos por inserir informações falsas nos sistemas do Detran e foi citado em um roubo de R$ 300 mil relacionado à Operação Vostok.
Com o arquivamento da delação pela PGR, Beto Pereira se livra das acusações, mas o episódio reacende a discussão sobre corrupção no Detran-MS, que segue sendo alvo de investigações aprofundadas.
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*Com informações Investiga MS