Dez vereadores da Câmara de Campo Grande se comprometeram a concordar com o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo na capital. A iniciativa, liderada pelo vereador Júnior Coringa (MDB), visa apurar possíveis irregularidades e analisar a gestão do consórcio, especialmente diante das frequentes críticas ao serviço.
Segundo Coringa, a assessoria jurídica da Câmara está finalizando o documento que oficializará o requerimento, o que precisa de 10 assinaturas para ser apresentado. O parlamentar já confirmou a adesão de oito vereadores: Ana Portela (PL), Fábio Rocha (União), Jean Ferreira (PT), Marco (PT), Maicon Nogueira (PP), Rafael Tavares (PL), Luiza Ribeiro (PT) e ele próprio. Dois nomes adicionais ainda deverão ser divulgados.
A proposta de CPI, embora muitas vezes ameaçada na Câmara, nunca chegou a ser efetivada, fato que levanta dúvidas sobre a possibilidade de investigação do contrato e do modelo de gestão adotado pelo Consórcio Guaicurus. Diante da insatisfação com o serviço de transporte, a iniciativa busca dar transparência e apurar os motivos dos constantes problemas enfrentados pelos usuários.
O vereador Flavio Cabo Almi (PSDB já se posicionou publicamente, divulgando um vídeo em que afirma que procurará a presidência da Casa para confirmar sua assinatura e, inclusive, realizou uma enquete com congressistas sobre sua decisão. Outros parlamentares, como André Salineiro (PL) e Ronilço Guerreiro (Podemos), também apresentou intenção de integrar a comissão, aguardando a apresentação formal do requerimento.
Historicamente, tentativas anteriores de instaurar uma CPI para investigar o setor, como a de 2021 promovida pelo então vereador Marcos Tabosa (DPT), não avançaram, tendo sido rejeitadas pela Câmara por entender o pedido como muito amplo.
O contexto para a abertura da CPI se agrava com a recente atualização no valor do transporte coletivo em Campo Grande, que passou de R$ 4,75 para R$ 4,95 em 2025, e com a ação movida pelo consórcio contra a prefeitura, solicitando o reequilíbrio econômico do contrato. A entrega dos vereadores reflete a crescente pressão da sociedade por uma prestação de contas mais rigorosa e por melhorias no serviço de transporte na capital.
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*Com informações Investiga MS