Aparecido Andrade Portela, mais conhecido como Tenente Portela, presidente estadual do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso do Sul, está no centro de uma tempestade política e judicial. Embora tenha escapado da lista dos 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no caso das manifestações antidemocráticas, a sua conduta permanece sob investigação. Segundo o procurador Paulo Gonet, “a participação de Aparecido Portela na organização criminosa será objeto de diligências complementares”.
As mensagens demonstradas pela Polícia Federal apontam que Portela teria atuado como intermediário entre o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e os financiadores das manifestações. Ele teria visitado o Palácio da Alvorada 13 vezes, reforçando sua ligação com figuras-chave, como Mauro Cid. Em um diálogo, Portela usou o termo "churrasco" — entendido como código para um golpe de Estado — para cobrar desdobramentos das articulações, demonstrando a expectativa de que a ordem democrática pudesse ser interrompida.
Além das investigações, Portela enfrentou uma crise dentro do PL. Em áudios vazados, ele denuncia perseguição política por parte da senadora Tereza Cristina, de quem é suplente. O suplente afirma estar sendo humilhado por aliados, incluindo lideranças regionais do partido. “Apanho de todos: Tereza Cristina, Rodolfo, Coronel David, Neno Razuk, Pollon. Não aceito humilhações. Prefiro sair do que prejudicar alguém”, declarou.
Portela, que já cogitou renunciar à suplência, foi aconselhada por Bolsonaro a manter a posição. "Nunca fale em renunciar. Deixe a política de lado, vá pescar", teria dito o ex-presidente. Enquanto isso, à medida que as investigações continuam, o futuro político da Portela segue em suspense.
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*Com informações Investiga MS