A condenação de Danilo Santana Santos, pastor da Assembleia de Deus em Mauá, trouxe à tona uma polêmica que vai além do caso em questão: a sensação de que os cristãos têm sido alvo constante de perseguição enquanto outras religiões e manifestações culturais gozam de impunidade ao desrespeitar símbolos sagrados da fé cristã.
O pastor foi condenado a um ano de prisão em regime aberto, convertido em prestação de serviços à comunidade, além do pagamento de uma multa, após destruir uma oferenda de umbanda e compartilhar o ato nas redes sociais. A sentença, considerada por muitos como justa pelo amparo às leis de intolerância religiosa, gerou reações acaloradas entre cristãos que veem na decisão um exemplo de parcialidade do sistema judiciário.
A indignação entre líderes e fiéis cristãos cresce com o que consideram um padrão duplo. Enquanto atitudes como as de Danilo são amplamente condenadas e levadas à Justiça, representações públicas que zombam de Jesus Cristo, como as vistas em carnavais anteriores, passam impunes sob a justificativa de liberdade de expressão. “É evidente que há uma justiça para um lado só. Quando a fé cristã é atacada, tudo é permitido. Mas, quando reagimos, somos perseguidos”, afirmou um pastor local que preferiu não se identificar.
Defensores da sentença argumentam que o ato de destruir uma oferenda extrapola os limites da liberdade religiosa, configurando intolerância. “Ele não estava apenas professando sua fé, mas ofendendo e incitando o ódio contra outra religião”, afirmou a promotora Larissa Motta Nunes Liger. O juiz do caso reforçou que, como líder espiritual, o pastor tem um papel de responsabilidade ao influenciar seus fiéis, o que agrava as consequências de seus atos.
A questão permanece: a liberdade de expressão está sendo usada como escudo para proteger apenas alguns? O debate reacende a indignação entre cristãos que sentem que sua fé tem sido alvo de ataques contínuos, enquanto são censurados ou punidos por defenderem suas crenças. Para muitos, o caso do pastor Danilo é mais um capítulo de uma narrativa maior, em que a intolerância contra o cristianismo é sistematicamente ignorada.
Este é um chamado à reflexão sobre o papel da justiça em um país plural e democrático, onde a liberdade de crença e expressão deveria ser um direito universal – e não seletivo.
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*Com informações Metrópoles