Em março, os brasileiros enfrentaram um impacto duplo no orçamento, com o aumento expressivo no preço da gasolina e dos alimentos, que pressionaram o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação. O aumento geral foi de 0,64%, puxado principalmente pelos setores de Alimentação e bebidas (1,09%) e Transportes (0,92%), que, juntos, representam quase 70% do índice.
O destaque negativo ficou por conta dos combustíveis, que avançaram 1,88%, com a gasolina registrando um aumento de 1,83%. Este item foi o maior responsável pelo aumento geral do índice, respondendo por 0,10 ponto percentual do total. Também subiram os preços do óleo diesel (2,77%), etanol (2,17%) e gás veicular (0,08%), tornando o custo do transporte ainda mais oneroso para o consumidor.
Mas o impacto não ficou restrito ao bolso dos motoristas. No setor de Alimentação e bebidas, os preços de itens essenciais dispararam. A alimentação no domicílio, que inclui produtos comprados em supermercados, teve uma aceleração significativa, saltando de 0,63% em fevereiro para 1,25% em março. O maior vilão foi o ovo de galinha, cuja alta impressionante de 19,44% foi a maior variação do mês. Além disso, itens como o tomate (12,57%), o café moído (8,53%) e as frutas (1,96%) também registraram aumentos substanciais, elevando o custo das refeições diárias para milhões de famílias.
A alimentação fora de casa também não ficou imune aos aumentos. A variação de preços na refeição aumentou de 0,43% para 0,62%, impactando diretamente os consumidores que recorrem aos restaurantes e lanchonetes. Já os lanches, embora ainda com aumento, apresentaram uma desaceleração (0,68%), comparado ao mês anterior, quando registraram 0,77%.
Esses aumentos combinados revelam um cenário preocupante para o consumidor, que já enfrenta dificuldades com a alta no custo de vida. A pressão sobre os preços da gasolina e dos alimentos tende a afetar não apenas a mobilidade das pessoas, mas também as suas escolhas alimentares, forçando muitas famílias a reavaliar o que compram e onde gastam. O cenário é de alerta para um ano de desafios econômicos contínuos.
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*Com informações Metrópoles