A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Consórcio Guaicurus entra em sua segunda semana de trabalhos na Câmara Municipal de Campo Grande. A primeira fase da investigação se concentra na análise documental e no diagnóstico inicial das possíveis irregularidades no transporte público da capital. Os parlamentares já aprovaram mais de 20 requerimentos e se preparam para iniciar as oitivas com representantes das empresas responsáveis pelo serviço.
A CPI, presidida pelo vereador Lívio Leite (União) e com relatoria de Ana Porella (PL), ainda conta com Luiza Ribeiro (PT), Maicon Nogueira (PP) e Junior Coringa (MDB) como membros. Os trabalhos serão divididos em cinco fases, incluindo a convocação de gestores públicos, análise da execução contratual, fiscalização das condições da frota e audiências públicas com a população e trabalhadores do transporte coletivo.
Um dos principais pontos em investigação é a defasagem da frota. Documentos periciais apontam que, desde 2015, a idade média dos ônibus que circulam em Campo Grande ultrapassa o limite de cinco anos estipulado no contrato de concessão. Além disso, apesar do lucro bilionário obtido pelo Consórcio Guaicurus, a quantidade de veículos nas ruas tem diminuído, impactando a qualidade do serviço prestado à população.
A CPI pretende apresentar um relatório final com todas as irregularidades apuradas, apontando responsáveis e sugerindo medidas corretivas. O documento será encaminhado ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas para que providências sejam tomadas. A previsão é que a investigação se encerre até julho deste ano.
Receba as principais notícias do Brasil pelo WhatsApp. Clique aqui para entrar na lista VIP do WK Notícias e siga nossas redes sociais.
*Com informaçoes Midiamax