Somente oito meses após o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte e a enxurrada de denúncias sobre falhas na Casa da Mulher Brasileira, a Prefeitura de Campo Grande decidiu agir. Nesta quinta-feira (3), um grupo de trabalho foi criado para avaliar e sugerir mudanças no atendimento às vítimas de violência.
A tragédia de Vanessa escancarou a precariedade do acolhimento na unidade. Áudios revelados após o crime mostraram que a jornalista buscou ajuda e não recebeu a proteção necessária. Desde então, outras vítimas passaram a relatar experiências semelhantes, expondo um cenário alarmante de negligência e omissão.
O grupo será liderado pela Secretaria Municipal Executiva da Mulher e contará com membros da própria Casa, do Governo de Mato Grosso do Sul, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, do Tribunal de Justiça, do Ministério Público e da Defensoria Pública, além da Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social e da Fundação Municipal de Esportes.
Entre as promessas, estão melhorias no atendimento e capacitação de servidores. No entanto, o relatório com sugestões de mudança só deverá ser entregue em 180 dias, com possibilidade de prorrogação pelo mesmo período. Ou seja, a resposta concreta pode levar mais um ano para sair do papel. Enquanto isso, vítimas continuam enfrentando um sistema falho e ineficiente.
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*Com informações Campo Grande News