O vereador Dr. Jamal (MDB), único parlamentar condenado na Operação Coffee Break, reagiu com surpresa à decisão do juiz Ariovaldo Nantes, que determinou sua perda de mandato, inelegibilidade por oito anos e aplicação de multa de R$ 150 mil por dano coletivo. O parlamentar afirmou que esperava uma decisão diferente, uma vez que já havia sido absolvido em um processo anterior baseado na mesma investigação.
“Como alguém pode responder pelo mesmo crime e ser inocentado em um caso e condenado em outro? O próprio Ministério Público nem sequer recorreu daquela decisão. Tenho certeza da minha inocência e acredito que houve um erro de entendimento. O juiz voltará atrás”, declarou Jamal, negando qualquer envolvimento na compra de votos para a cassação do ex-prefeito Alcides Bernal.
O parlamentar faz referência à decisão de março de 2023, quando o juiz Marcelo Ivo rejeitou uma Ação Civil Pública por improbidade administrativa contra ele. Na ocasião, o magistrado entendeu que não havia provas suficientes de que Jamal tivesse cometido atos ilícitos ou obtido vantagens indevidas.
Na denúncia que resultou na nova condenação, o Ministério Público Estadual sustentou que Jamal, enquanto vereador, solicitou, recebeu e aceitou promessas de vantagens para votar a favor da cassação de Bernal. Segundo a acusação, ele teria descumprido deveres de isenção, imparcialidade e legalidade ao atuar como julgador no processo.
Apesar da nova sentença, Dr. Jamal se mantém confiante na reversão do caso e garantiu que recorrerá da decisão. “Tenho plena convicção de que essa condenação será anulada. Continuarei lutando para provar minha inocência”, afirmou.
A condenação de Jamal reforça o desdobramento da Operação Coffee Break, que investiga um suposto esquema de corrupção na cassação de Alcides Bernal. O caso segue movimentando o cenário político de Campo Grande, com novas repercussões e possíveis desdobramentos judiciais.
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*Com informações Investiga MS